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Fintech Creditas pede registro ao Banco Central para virar banco

A Creditas, plataforma de serviços financeiros em que oferece crédito com garantia, registrou um pedido para se tornar um banco. A Creditas foi a primeira fintech a fazer o pedir após o BC regulamentar as atividades das fintechs de crédito.

De acordo com o fundador da Creditas, Sergio Furio, o objetivo é ter autonomia para operar produtos e serviços. Ele ainda destaca que deseja mais independência e ter custos operacionais menores.

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“Pretendemos lançar por exemplo uma linha de crédito com garantia, que vai funcionar como uma espécie de cheque especial, porém bem mais barata do que as oferecidas por bancos”, explicou o fundador. A Creditas também seguirá operando em modelo híbrido, diretamente e com parceiro.

A Creditas foi fundada em 2012 e oferece crédito com garantia de imóveis ou veículos. Ela tem parceria com as instituições financeiras Sorocred, Santana, CHP e Fapa.

A regulamentação do Banco Central tornou possível que as fintechs operem sem um intermediário. Ou seja, abriu a possibilidade de operar como uma Sociedade de Crédito Direto (SCD) e como Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP).

A Creditas, segundo Furio, liberará cerca de 340 milhões de reais neste ano. Mantendo o plano de tornar a empresa a maior de empréstimos com garantia da América Latina.

A fintech recebeu aporte, em dezembro, de 165 milhões de reais do fundo de private equity sueco Vostok. Foi o maior investimento de 2017 no setor na América Latina.

Entenda a regulamentação do Banco Central

A regulamentação permite que fintechs de crédito digital entrem com pedido de abertura de instituição financeira nas modalidades SEO ou SCD. Isso significa que elas se tornam independentes e mais competitivas em relação aos bancos tradicionais.

No entanto, as startups de crédito direto e de empréstimos entre pessoas devem atender a requisitos operacionais e prudenciais proporcionais compatíveis com o seu porte e perfil. Caso a fintech tenha perfil de risco simples, ela pode optar pela classificação no segmento S5 para fins de aplicação proporcional das regras prudenciais. Os critérios foram adaptados pela Resolução n°4.657, em que permite que as instituições possam se expor a títulos de securitização. Desde que possuam características de menor risco e exerçam atividades relacionadas à custódia e à escrituração de títulos de crédito originados pela própria instituição.

Já para as fintechs pertencentes à SEP, houve uma mudança do limite máximo de risco que o investidor pode tomar. O Banco Central regulamentou um limite de R$ 15 mil por operação, mas sem limitar a quantidade de operações.

A regulamentação também permite que as fintechs ofereçam análise de crédito, atuar como corretor de seguros e emitir moeda eletrônica. A mudança torna as fintechs independentes porque elas, atualmente, trabalham  como correspondentes bancários de instituições financeiras.

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