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Banco Inter tem prejuízo de R$ 8,4 milhões no primeiro trimestre de 2020

A pandemia do novo coronavírus está impactando muitos negócios, dos mais variados segmentos. Sendo assim, não é novidade que muitas empresas tenham fechado o primeiro trimestre do ano com prejuízo devido ao isolamento iniciado em março em grande parte do Brasil. Isso é o que ocorreu, por exemplo, com o Banco Inter, fintech conhecida por oferecer conta digital, cartão de crédito, empréstimos e plataforma de investimentos. Nos três primeiros meses de 2020, a empresa teve um prejuízo líquido de R$ 8,4 milhões.

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Esse resultado foi divulgado pela própria empresa em um comunicado na quarta-feira (20). De acordo com o Banco Inter, esse número sofreu o impacto da variação da marcação a mercado de títulos e também dos valores imobiliários que são mantidos em tesouraria. Após ajustes, esse valor ficou em R$ 11 milhões.

Crescimento do Banco Inter em 2020

O patrimônio da empresa teve um crescimento, o que significa que esse prejuízo pode ser decorrente de novas aquisições para o negócio, por exemplo. Totalizando R$ 2,1 bilhões, o patrimônio líquido da fintech teve variação de 126%, se comparado ao primeiro trimestre de 2019.

O resultado bruto do primeiro trimestre, antes da Provisão para Devedores Duvidosos, ficou em R$ 140 milhões. Isso significa um crescimento de 18,8% em comparação ao ano passado. O volume em depósitos à vista chegou a R$ 2,6 bilhões, aumentando 205%. Já a plataforma de investimentos do Banco Inter, chamada de PAI, atingiu 600 mil clientes.

“Mais do que a velocidade com que expandimos nossa base, também ficamos muito felizes com a evolução dos índices de engajamento dos correntistas, que transacionaram 2,1 bilhões de reais em operações de cartão – um volume 1,6 vezes superior ao mesmo período do ano passado. Além disso,  já somos o principal banco de 40% da base de clientes ativos”, diz o documento divulgado pela empresa.

A fintech ainda aproveitou o documento para informar seus acionistas e clientes sobre as ações que tem tomado para evitar o coronavírus. De acordo com o comunicado, 95% da equipe está trabalhando de casa, incluindo os terceirizados. A empresa também se comprometeu a não demitir colaboradores diretos por 60 dias.

Vale a pena investir?

Apesar do prejuízo, o Banco Inter está em crescimento e pode ir aumentando seu valor de mercado. Se você deseja investir na fintech, saiba que ela está na Bolsa de Valores brasileira. É possível se tornar um acionista da empresa buscando pelo código BIDI4 em sua corretora de valores. Um lado positivo de investir na fintech é que ela paga dividendos, ou seja, em períodos de lucro, os acionistas recebem uma espécie de bônus, conforme o número de ações que possuem.

Uma empresa ter prejuízo ou não pode impactar no valor de suas ações, mas isso não é tudo. O valor da ação de uma empresa muda todos os dias e, para você ter lucro investindo em um negócio, precisa vender a ação por um preço maior do que comprou. Então, antes de colocar seu dinheiro, pergunte-se como aquela companhia está sendo vista pelo mercado e se ela pode valorizar.

Se você quer um investimento mais previsível, os grandes bancos podem ser uma opção melhor do que as fintechs. Estão na bolsa de valores diversas instituições financeiras, como Itaú (ITUB3, ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3), Banco BTG Pactual (BPAC11), Bradesco (BBDC3, BBDC4), Santander (SANB11), Banco ABC Brasil (ABCB4) e Banrisul (BRSR6).

Por que grandes startups têm prejuízo?

Os resultados negativos de grandes fintechs não são novidades. Elas constantemente estão investimento em inovação e no crescimento. O Nubank, por exemplo, fechou 2019 com um prejuízo de R$ 313 milhões. A receita da empresa no ano passado, porém, cresceu, fechando em R$ 2,1 bilhões. Em 2019, a fintech do cartão roxinho já tinha 19,7 milhões de clientes brasileiros.

Esses prejuízos não são exclusividade de startups do Brasil. O WhatsApp, por exemplo, antes de ser vendido para o Facebook em 2013, já tinha perdido US$ 138 milhões. A Tesla, no segundo semestre de 2016, registrou um prejuízo de US$ 336,4 milhões.

Essas empresas não se preocupam em ter lucro no curto prazo. Elas captam investimentos com grandes companhias para cobrir suas despesas e investir em novas tecnologias. Focam no longo prazo e em, aos poucos, conquistarem espaço na vida de seus clientes.

O discurso dessas startups para conseguir investimentos é a projeção do futuro, com base em suas novidades, seus trabalhos em andamento, suas inovações. Por isso os prejuízos não chegam a dar dor de cabeça em seus empreendedores. Nessa fase do negócio, é importante agir de forma rápida porque, em todo o mundo, startups competem para ver quem trará a próxima inovação para o mercado e colherá os frutos depois.

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Imagem: Banco Inter / Divulgação