Empreender agora é o maior sonho dos brasileiros em 2025
Pela primeira vez no Brasil, a maioria dos trabalhadores diz preferir empreender em vez de ter um emprego com carteira assinada, segundo estudo recente. Esse movimento reflete transformações no mercado, na mentalidade profissional e nas condições econômicas pós-pandemia. Mas por que isso está acontecendo agora? Quais fatores motivam essa inclinação? E como esse fenômeno pode impactar o cenário econômico e social do país?
Neste artigo, em tom jornalístico, vamos explicar os principais motivos, detalhar o perfil dos novos empreendedores, analisar oportunidades e desafios, e apontar caminhos para quem deseja embarcar nessa trajetória.
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Da estabilidade ao propósito
Historicamente, a carteira assinada era vista como símbolo de segurança e estabilidade — com acesso a benefícios como FGTS, férias, décimo terceiro e aposentadoria. Mas a crise sanitária e a digitalização acelerada despertaram um desejo por mais liberdade, autonomia e propósito.
A mudança nas prioridades
Pesquisa recente revela que, pela primeira vez, mais brasileiros veem o empreendedorismo como caminho principal, não apenas uma alternativa. O que está por trás dessa virada de valores?
Por que o empreendedorismo virou preferência
Busca por flexibilidade
Empreender permite escolher horários, local de trabalho e ritmo profissional. Essa liberdade é especialmente valorizada por quem busca equilíbrio entre vida pessoal e carreira.
Desejo de autonomia
Muitos desejam ser seu próprio chefe, tomar decisões estratégicas e criar algo do zero — o que gera motivação e senso de realização pessoal.
Oportunidades da era digital
As barreiras de entrada diminuíram com a internet. Plataformas de vendas online, marketing digital e redes sociais tornaram possível iniciar negócios com baixo investimento e alcance global.
Insatisfação com o mercado formal
Reclamações sobre salários baixos, rotinas rígidas, baixos investimentos em capacitação e falta de reconhecimento empurram profissionais a buscar novos caminhos fora da estrutura tradicional.
Perfil dos novos empreendedores
Faixa etária e formação
O movimento é transversal: jovens e adultos mudando de carreira ou reforçando habilidades. Há tanto formados quanto autodidatas, muitos investindo em cursos livres e educação digital.
Setores mais procurados
Destacam-se segmentos como:
- Comércio eletrônico e dropshipping
- Serviços digitais: marketing, design, consultoria
- Culinária artesanal e delivery
- Tecnologia doméstica e aplicativos
- Artesanato e produtos regionais
Essas áreas combinam alta demanda, investimento inicial acessível e possibilidade de escalabilidade.
Perfil psicológico
Empreendedores são, em geral, proativos, tolerantes à incerteza, criativos e resilientes. Poucos buscam receitas prontas: muitos testam ideias próprias ou optam por modelos como franquias e negócios de nicho.
Vantagens e riscos de empreender
Benefícios identificados
- Independência financeira e criativa
- Maior controle sobre os resultados
- Potencial de crescimento escalável
- Melhor conciliamento entre vida pessoal e trabalho
Desafios a considerar
- Renda inicial instável
- Carga de trabalho elevada no início
- Busca constante por clientes
- Administrativo e burocrático, caso não tenham apoio
- Riscos financeiros ao negligenciar planejamento ou gestão
Apoio e estrutura para novos empreendedores
Plataformas de educação e capacitação
Cursos online, incubadoras e comunidades de empreendedores oferecem estrutura, networking e mentoria, importantes para evitar erros comuns do início de jornada.
Redes de apoio e cooperação
Grupos, associações e coletivos de negócios permitem troca de experiências, visibilidade compartilhada e colaboração, fortalecendo a atuação conjunta.
Uso da tecnologia
Serviços online de gestão contábil, financeira e de marketing reduz custos e complexidade, facilitando a vida de quem está monetizando um produto ou serviço.
Impactos no mercado de trabalho e na economia
Mudança no perfil de emprego
Com mais pessoas optando por empreender, o Brasil pode ver:
- Redução da formalidade tradicional
- Aumento do trabalho autônomo e coworking
- Necessidade de adaptação de políticas trabalhistas
Fomento à inovação
Negócios nascidos da busca por autonomia tendem a ser mais criativos, inovadores e sensíveis ao consumidor, principalmente no digital e em soluções regionais.
Inclusão e desigualdade
Empreendedorismo pode gerar renda alternativa para populações vulneráveis, mas sem acesso e educação adequada, corre-se o risco de acirrar disparidades entre os bem estruturados e os recém-chegados ao mercado.
Dicas para quem quer empreender com consciência
Planejamento é fundamental
- Estudo do público-alvo e concorrência
- Estimativa de custos e fluxo de caixa
- Definição clara de proposta de valor
Atenção à gestão financeira
Separar finanças pessoais das da empresa, manter planejamento e registrar tudo desde o início ajuda a evitar surpresas.
Investir em mercado e cliente
Buscar feedback real, ajustar preços, testar canais de venda e comunicar valor são passos decisivos para encontrar o mercado ideal.
Preparação emocional
Empreender exige paciência, disciplina e resiliência. A rede de apoio emocional e profissional é essencial para manter a motivação.
Qualificação contínua
Educação nunca termina. Capacitação, atualização em marketing, finanças, vendas e gestão fortalecem a competitividade.
Conclusão
O fato de mais brasileiros agora preferirem empreender do que trabalhar com carteira assinada marca uma mudança profunda no mercado de trabalho e na mentalidade coletiva. Estão por trás dessa transformação fatores como busca por propósito, acesso a tecnologia, insatisfação com o mercado tradicional, e uma nova geração mais independente e conectada.
Apesar das incertezas, essa tendência pode ser positiva para a economia, adaptando o país aos desafios do século 21. Mas é importante que os profissionais que optarem por esse caminho se preparem adequadamente — com planejamento, educação e suporte — para que seus negócios não sejam apenas sonhos, mas projetos sustentáveis e de impacto.