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Concorrência com bancos digitais deve reduzir os juros bancários em 2020

Ainda que os custos e juros bancários sejam elevados, os bancos cresceram em número de empréstimos em 2019. No ano passado, o saldo de crédito cresceu 6,5%, com empréstimos oferecidos a empresas e famílias. Os dados são do Banco Central, divulgados na quarta-feira, 29 de janeiro.

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O total de operações de crédito de 2019 atingiu R$ 1,468 trilhão. Esse é o segundo ano consecutivo de crescimento no crédito. O recorde foi em 2015, com R$ 1,711 trilhão durante o ano. Nos anos seguintes, houve uma queda, com a retomada da confiança do mercado em 2018.

As pessoas físicas é que estão liderando esse número de tomada de empréstimo. Em 2019, o montante de crédito para as famílias avançou 11,7%, passando a R$ 2,003 trilhões. Só o crédito para compra de veículos cresceu 19,6% no ano passado, chegando a R$ 203,615 bilhões.

O crédito direcionado para empresas, porém, recuou no ano passado, indo para R$ 562,9 bilhões. As operações do BNDES também diminuíram. Ainda assim, muitas empresas que não conseguem recursos com o BNDES partem para o crédito privado, a exemplo das debêntures.

Apesar da ampliação do crédito, juros bancários continuam altos

Esse crescimento não significa que as condições estejam mais favoráveis. A taxa média de juros bancários da tomada de crédito, considerando pessoas físicas e jurídicas, fechou 2019 em 23,0% ao ano.

Não era esperado que as taxas permanecessem tão altas, afinal a taxa básica de juros (a Selic) sofreu cortes em 2019. Ela foi de 6,5% a 4,5% ao ano. Em 2016, por exemplo, essa taxa era de 14,25% ao ano.

O resultado disso é que os bancos não repassam os juros bancários baixos aos clientes, mas acabam pagando juros baixos aos investidores. Com isso, aumenta a diferença entre o que eles ganham e o que pagam, elevando o lucro. Aos clientes de cartão do crédito no rotativo, foi cobrado em média um juro de 318,9% ao ano. Já o cheque especial cobrou 302,5%.

Com o aumento da concorrência causado pelo surgimento das fintechs, a expectativa do Banco Central é de que os juros bancários diminuam em 2020. Já existem no mercado empresas que facilitam a tomada de empréstimo e permitem a tomada de crédito entre pessoas físicas, sem envolver bancos.

Como escolher bem um empréstimo?

A primeira coisa a se considerar é a taxa de juros e o prazo para pagamento. Para se conseguir boas condições, o ideal é ter um score alto, ou seja, uma boa pontuação na base de dados do Serasa. O Serasa já conta com uma plataforma própria para que as pessoas possam comparar ofertas de crédito online. Confira neste link.

Falando sobre carros, que lideraram os motivos de tomada de empréstimo, normalmente existem duas opções mais comuns: pegar empréstimo com bancos tradicionais ou com os bancos das montadoras. Em 2018, as taxas cobradas pelas montadoras foram 1,47% ao mês, enquanto os bancos tradicionais tiveram taxas de 1,68%, de acordo com a Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras).

Também é preciso avaliar bem se a compra do carro é a melhor opção. Em muitos casos, os juros para a compra do veículo e a desvalorização dele ao longo do tempo, somados aos custos de manutenção, podem causar dores de cabeça. Calcule quanto você gastaria usando aplicativos de carona e veja de realmente vale a pena, ou se você poderá usar seu veículo para fazer mais dinheiro.

Outra sugestão válida é buscar fintechs que ofereçam empréstimo P2P (de pessoa para pessoa). Essa modalidade surgiu no Reino Unido, em uma época de pouco acesso ao crédito, e está ganhando força no Brasil. Para os clientes, esse tipo de crédito costuma ter taxas mais atrativas. Já os investidores dessas plataformas devem assumir o risco, pois não há garantia de crédito.

Está negativado por conta de empréstimo?

Para quem está com dívidas em atraso por causa de crédito que tomou no passado, a melhor sugestão é trocar uma dívida cara por uma barata. Descubra quanto você está sendo cobrado em juros bancários e pegue um empréstimo que lhe cobra um juro menor para pagar essa dívida.

Reserve um valor a cada mês para juntar e colocar em um rendimento que ajude o seu dinheiro a crescer e você possa pagar essa dívida o quanto antes. O Tesouro Direto é uma boa opção, assim como CDBs de bancos menores, que pagam juros bancários mais atrativos. A renda variável, como as ações, pode ser não ser a melhor opção para juntar dinheiro para quitar dívidas, pois o seu montante irá mudar a cada dia e há menos segurança.

A organização e a renda extra são essenciais para conseguir quitar as dívidas e ir melhorando o Score, para nas próximas oportunidades conseguir taxas mais atrativas de crédito.

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Imagem: REDPIXEL.PL, via Shutterstock.