Definido se o Brasil terá horário de verão ou não em 2023? Saiba mais
O governo Lula rejeitou o retorno do horário de verão em 2023. Baseado em análises de energia, o Brasil focará em fontes renováveis. Entenda
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em sua nova gestão, decidiu não adotar o horário de verão neste ano de 2023. A proposta de retomar a medida, extinta no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), havia sido controversa.
Baseado em análises de técnicos do MME (Ministério de Minas e Energia), o governo Lula decidiu que não é necessário o retorno da política. O horário de verão visava economizar energia ao aproveitar mais a luz natural do dia, adiantando os relógios durante os meses mais quentes do ano.
Por que o horário de verão não retornará?

A avaliação feita pelos especialistas do MME indica que o planejamento do setor está sólido, garantindo o fornecimento de energia sem a necessidade do horário de verão. Além disso, eles apontam que os dados atuais não mostram economia significativa com a implementação da medida.
Com os avanços em outras fontes de energia renovável, como a solar e eólica, o Brasil tem garantia de energia a custos menores. Ou seja, novos hábitos e mudanças na infraestrutura de abastecimento diminuíram a relevância do horário de verão. A expansão do uso do gás nas grandes cidades, por exemplo, diminuiu o consumo de chuveiros elétricos no fim do dia.
Além disso, o uso mais intenso de ar-condicionado durante os meses mais quentes também tende a aumentar o consumo de energia, neutralizando qualquer economia proporcionada pelo menor uso de luz elétrica.
Opinião pública dividida
Houve uma divisão considerável na opinião pública sobre o retorno do horário de verão. Enquetes realizadas pela Folha e pelo próprio presidente Lula no antigo Twitter, hoje X, mostraram resultados distintos. Na enquete da Folha, a maioria dos leitores votou contra o retorno, enquanto na enquete de Lula a maioria votou a favor.
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Mesmo assim, o presidente esclareceu que a enquete serviria apenas como um indicador, não sendo o fator decisivo para a decisão do governo.
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