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Inadimplência no SPC e Serasa pode piorar ainda mais em 2019

O Brasil passa por um momento bastante crítico, e com perspectivas nada otimistas em relação a melhoria econômica. Para os próximos meses, poderão ocorrer ainda mais calotes, de acordo com dados dos Bureaus de crédito. Embora que o nível de calotes tenha reduzido a aceleração consideravelmente neste ano em comparação ao ano passado, a falta de uma melhora efetiva no cenário econômico começa a dar os sinais de uma piora da situação de inadimplência no SPC e Serasa.

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Inadimplência no SPC e Serasa pode piorar ainda mais em 2019

Tanto as empresas quanto os consumidores podem ficar ainda mais endividados neste ano de 2019. O reflexo vem da demora na retomada da atividade econômica e da fraca qualidade das últimas vagas de emprego criadas. Com a renda e o fluxo de caixa comprometidos, uma possível melhora fica somente para o ano que vem.

O breve momento de otimismo e confiança possibilitou uma alta de 11,6% nas concessões totais de crédito em 2018 contra o ano anterior (de R$ 3,308 trilhões para R$ 3,692 trilhões). Contudo, isso pode desencadear uma nova onda de inadimplência no País.

Em março de 2019, a Serasa Experian apontou um número recorde de negativados – 63 milhões. Os dados do SPC Brasil mostram uma alta de 2% em abril contra o mesmo período de 2018 e a Boa Vista Serviços, um avanço de 4,8% na variação mensal entre os meses de abril e maio.

Nível de inadimplência no SPC e Serasa começa a preocupar

Segundo o economista da Boa Vista – Vitor França, mesmo com os níveis de inadimplência próximos ao patamar mais baixo da história, o descolamento entre as expectativas e a realidade já começa a gerar preocupação.

“Somos cautelosos nessa avaliação, mas podemos estar próximos de um ponto de inflexão. A alta do crédito foi natural no ambiente de risco menor. Mas a euforia não se confirmou. Isso sobe o risco e pode se refletir em inadimplência mais para frente”, diz.

Ele reitera que grande parte do ambiente de risco é oriundo dos altos índices de desemprego. De acordo com os últimos dados do IBGE, o indicador de desemprego foi a 12,5% no último trimestre. Isso é o equivalente a 13,2 milhões de pessoas.

Liberação do FGTS

Portanto, o educador financeiro do SPC Brasil – José Vignoli destaca que as discussões sobre uma nova liberação do FGTS precisam ser “avaliadas com cautela”.

“Muito do cenário atual se deve pela dificuldade das pessoas em cumprir com seus compromissos. E liberar a única reserva dos trabalhadores é um remédio imediatista que terá seu preço lá pra frente, inclusive, com a possibilidade de novas dívidas”, completa o especialista.

Situação é parecida para Pessoa Jurídica

Para pessoas jurídicas, o cenário não é diferente. Segundo o economista da Serasa Experian Luiz Rabi, das 5,7 milhões de companhias negativadas registradas no birô, 94,7% (5,4 milhões) são micro e pequenas empresas.

“Elas são as mais vulneráveis e não dá pra imaginar um ambiente diferente enquanto a economia não engatar”, avalia o economista.

Para o professor de economia e finanças do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) Tiago Sayão, porém, essa melhora ainda demora de três a seis meses pra se consolidar.

“A aprovação da [reforma da] Previdência muda o rumo dos investimentos e da confiança. Mas é só o primeiro passo. O reflexo só vem ao longo de 2020”, conclui.

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Via DCI