INSS pagou benefícios a mais de 20 mil mortos em 2019
2020 foi o ano dos benefícios. Desde a pandemia, aumentaram os pedidos por programas como Bolsa Família e acesso ao FGTS Emergencial, e também ao criado Auxílio Emergencial. No entanto, em 2019, segundo uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) teria pago benefícios previdenciários a 20.104 pessoas que já morreram.
Além disso, alguns desses pagamentos ainda estariam sendo feitos em 2020. Confira, a seguir, o que diz o relatório e o que o INSS fará a respeito desses pagamentos.
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INSS pagou benefícios a mais de 20 mil mortos em 2019
O relatório foi produzido com base em informações levantadas em janeiro de 2019 do Sistema Informatizado de Controle de Óbitos (Sisobi). Assim, o prejuízo da Previdência é estimado em R$ 323 milhões. O órgão publicou a auditoria em junho de 2019. Contudo, em atualização feita em novembro de 2020, quase um ano e meio depois, o INSS informou à CGU que, desse total, cancelou 9.996 benefícios pagos a falecidos.
Assim, segundo o INSS, a autarquia não interrompeu o restante dos pagamentos. Porém, a estatal bloqueou todos. Para fazer o levantamento, a CGU cruzou informações inseridas na folha de pagamento do INSS de janeiro de 2019 com os dados do Sisobi e usou como chave o CPF cadastrado nas bases de dados mencionadas.
Problema pode estar ocorrendo desde 2005
Com isso, a auditoria identificou 20.104 benefícios pagos mensalmente a pessoas que constavam como falecidas. Todos com data de óbito anterior à data de pagamento, e que deveriam, portanto, ter o benefício cancelado. Nesse mesmo relatório, a CGU destacou, ainda, que o problema vem sendo apontado desde 2005 pela auditoria interna do INSS, além de outros órgãos de controle.
Os fatos descritos demonstram fragilidade no processo de manutenção de benefícios previdenciários, naquilo que diz respeito ao não cancelamento do benefício de segurados falecidos”, diz trecho do documento da CGU.
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Imagem: Zigres / Shutterstock.com
