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Corte de funcionários em grande empresa deve ocorrer em julho de 2025

A Microsoft está prestes a passar por uma nova e profunda reestruturação que pode afetar milhares de empregos em todo o mundo. A gigante da tecnologia, que já havia demitido cerca de 6 mil funcionários em maio de 2025, agora se prepara para uma nova rodada de cortes. O objetivo da empresa é ajustar sua força de trabalho para se alinhar aos investimentos crescentes em inteligência artificial (IA), setor que vem sendo considerado estratégico para o futuro da companhia.

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Nova fase de cortes em julho

Microsoft
Imagem: Andrey_Popov/ shutterstock.com

Segundo fontes ligadas à empresa, os próximos desligamentos devem atingir principalmente os setores de vendas e suporte. A expectativa é de que a confirmação oficial da reestruturação ocorra em julho, com o início do novo ano fiscal da companhia.

Com cerca de 228 mil funcionários até o fim do ano fiscal de 2024, sendo aproximadamente 45 mil apenas nas áreas de vendas e marketing, a Microsoft avalia que há espaço para reduzir estruturas administrativas e acelerar a adoção de novas tecnologias.

Foco em eficiência e agilidade

A reestruturação faz parte de uma estratégia mais ampla para tornar a empresa mais ágil e eficiente. Em um comunicado interno, executivos da Microsoft afirmaram que o objetivo é “remover camadas desnecessárias de gestão e garantir que as equipes estejam diretamente ligadas às prioridades estratégicas”.

Entre essas prioridades, destaca-se a ampliação de investimentos em IA generativa, automação e soluções corporativas baseadas em aprendizado de máquina. A reorganização também deverá envolver o remanejamento de equipes, reavaliação de funções e possível terceirização de serviços considerados menos estratégicos.

Impacto esperado nos funcionários

Demissões ainda sem número definido

Apesar de ainda não haver confirmação do número exato de cortes, analistas de mercado projetam que os desligamentos podem superar os números de maio, podendo chegar a 8 mil funcionários. O receio entre trabalhadores é de que áreas inteiras sejam dissolvidas, especialmente aquelas cujas funções possam ser automatizadas com soluções baseadas em IA.

Clima de incerteza dentro da empresa

Fontes internas relatam um clima de apreensão nos escritórios da Microsoft ao redor do mundo. Muitos colaboradores temem que os investimentos em inteligência artificial levem a uma substituição massiva de postos de trabalho, sobretudo em cargos de suporte técnico, atendimento e funções administrativas.

Por que a Microsoft aposta tanto em IA?

Investimentos bilionários em IA

A estratégia da Microsoft se alinha ao seu crescente investimento em IA. A empresa destinou bilhões de dólares à construção de data centers e aquisição de chips de alto desempenho voltados para a operação de modelos de linguagem e processamento de dados em larga escala.

Além disso, a companhia mantém uma parceria sólida com a OpenAI, criadora do ChatGPT, e já integrou recursos de IA em produtos como o Microsoft 365 (antigo Office), Windows e serviços em nuvem do Azure.

Automatização e produtividade

Um dos principais argumentos da Microsoft é que a IA permite aumentar a produtividade das equipes, automatizando tarefas repetitivas e otimizando processos. Segundo Satya Nadella, CEO da empresa, “as ferramentas baseadas em IA permitirão que nossos clientes e colaboradores realizem mais com menos esforço”.

Essa visão vem guiando uma série de decisões estratégicas, como a priorização de projetos com potencial de impacto em escala e o redirecionamento de talentos para áreas emergentes.

Setor de tecnologia enfrenta ajustes globais

Microsoft
Imagem: Alexander Supertramp / shutterstock.com

Microsoft segue tendência de mercado

A decisão da Microsoft não ocorre isoladamente. Grandes nomes do setor de tecnologia, como Google, Meta, Amazon e IBM, também promoveram demissões nos últimos anos com o objetivo de se adaptarem a um novo cenário de transformação digital impulsionado pela IA.

Essas empresas enfrentam o desafio de equilibrar custos operacionais com a necessidade de inovação, principalmente em um contexto em que os avanços em IA mudam rapidamente a forma como negócios são conduzidos.

Inteligência artificial como força motriz

Para especialistas, a inteligência artificial deixou de ser uma promessa de futuro e passou a ser a força motriz de transformação no setor de tecnologia. “Empresas que não se adaptarem agora correm o risco de ficar para trás nos próximos cinco anos”, afirma Ana Cardoso, analista de tecnologia do mercado financeiro.

No caso da Microsoft, essa adaptação significa uma reorganização completa de sua estrutura, com foco em equipes enxutas, multidisciplinares e altamente capacitadas para lidar com ferramentas de IA.

Possíveis consequências da reestruturação

Redução de custos e aumento de lucros

Uma consequência esperada com os cortes é a redução significativa dos custos operacionais da empresa. Ao diminuir o número de funcionários e automatizar processos, a Microsoft espera aumentar suas margens de lucro e entregar melhores resultados aos acionistas.

Reputação em risco

No entanto, a medida também pode trazer riscos para a reputação da companhia, especialmente diante de críticas relacionadas ao impacto social das demissões em massa. A empresa precisará encontrar uma forma de comunicar essas mudanças com sensibilidade e transparência, destacando as oportunidades que a IA pode trazer para os trabalhadores remanescentes.

Reposicionamento de marca

A Microsoft também deve usar essa reestruturação como uma oportunidade para reposicionar sua marca como líder em inovação. Novas campanhas publicitárias e anúncios de produtos com IA embarcada já estão sendo planejados para coincidir com o novo ciclo fiscal.

O que esperar nos próximos meses

Microsoft
Imagem: Volodymyr Kyrylyuk / Shutterstock.com

Anúncio oficial em julho

Tudo indica que a Microsoft anunciará formalmente sua nova estrutura organizacional no início de julho. A expectativa é que a empresa divulgue os setores afetados, as metas de eficiência e os investimentos previstos em IA.

Reações do mercado

Analistas do setor e investidores estão atentos ao impacto dessa reestruturação nas ações da companhia. Uma reação positiva pode impulsionar o valor das ações da Microsoft, especialmente se os cortes forem acompanhados de resultados financeiros mais fortes nos trimestres seguintes.

Tendência de longo prazo

Independentemente das reações imediatas, a aposta em IA parece irreversível. A Microsoft dá sinais claros de que quer liderar a corrida tecnológica do futuro, mesmo que isso signifique tomar decisões difíceis no presente.

Conclusão

A reestruturação anunciada pela Microsoft é mais um capítulo em um setor que passa por profundas transformações. A empresa busca se consolidar como referência global em inteligência artificial, mesmo que para isso precise rever profundamente sua força de trabalho.

O movimento reflete a nova lógica do mercado de tecnologia: inovação, agilidade e automação são palavras de ordem, e as empresas que não se adaptarem correm o risco de desaparecer. A Microsoft, ao que tudo indica, está disposta a liderar — mesmo que isso custe milhares de empregos.