Pico da inflação deve ocorrer entre abril e maio, diz presidente do BC
No último dia 11, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que a inflação no acumulado de 12 meses deve atingir o pico entre os meses de abril ou maio. De acordo com ele, a quebra de algumas safras, bem como a alta do petróleo no início de 2022, fizeram o BC reajustar as suas expectativas.
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Pico da inflação deve ocorrer entre abril e maio, diz presidente do BC
Em suma, o BC afirmava que a inflação atingiria o ponto mais elevado em janeiro e fevereiro, antes de iniciar a desacelerar. Para a instituição, o Brasil segue pressionado por fatores internacionais, porém a inflação do Brasil tem peculiaridades, com os preços de energia e de combustíveis aumentando mais do que no resto do mundo.
O presidente do Banco Central afirma que a estimativa era de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) estaria em 6,7% nos 12 meses encerrados em janeiro, se os custos de energia e de combustíveis estivessem na média de outros países. Em janeiro, no entanto, o índice estava em 10,38% no acumulado de 12 meses.
Ademais, Campos Neto disse que a elevação da inflação no mundo não decorre de problemas de oferta, mas sim de deslocamento de demanda depois da retomada da economia em diversos países depois das fases mais agudas da pandemia.
“Quando olhamos os gargalos, não dá para dizer que é oferta com a produção crescendo tanto. Quem acreditava que era um problema de oferta está revendo”, afirmou. “Houve deslocamento não só na demanda por bens, mas também por energia. A produção de bens gasta seis vezes mais energia”, finaliza Campos Neto ao falar sobre a inflação.
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Imagem: Lightspring / Shutterstock.com
