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BNDES acelera estudos para a privatização dos Correios em 2021

Em entrevista exclusiva à EXAME, o diretor de privatizações do BNDES, Leonardo Cabral, afirmou que estão acelerando os estudos para privatização dos Correios em 2021. Assim, a expectativa é que estudos sobre o modelo de desestatização da estatal fiquem prontos até setembro ou outubro de 2021. Com isso, a venda poderá acontecer até o final do ano que vem.

Hoje, um dos maiores desafios para a Privatização dos Correios deverá ser o que fazer com o passivo da estatal, de 14 bilhões de reais, quase o mesmo valor do ativo. Uma das possibilidades é se o governo assumir parte da dívida. A seguir, confira os principais pontos tratados na entrevista e o que mais você precisa saber sobre o assunto.

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Saiba mais sobre a privatização dos Correios em 2021

A primeira pergunta foi sobre o andamento dos estudos de modelagem econômica da privatização dos Correios. De acordo com a empresa, a primeira fase dos trabalhos se encerra este ano. Assim, o relatório que será entregue agora em dezembro traz um benchmarking sobre empresas do setor postal que foram desestatizadas em outros países, e o que pode ser adaptado para o Brasil. Com isso, o objetivo é definir a melhor forma de desestatizar os Correios.

As análises sobre a privatização dos Correios deverão ser finalizadas no máximo até o terceiro trimestre do ano que vem. Depois disso, parte-se para a audiência pública e aprovação do TCU. Até o final de 2021, o processo deve estar encerrado. 

O que deverá ser feito com o passivo dos Correios?

Para resolver o problema dos passivos no caso da privatização dos Correios, a ideia é contratar uma assessoria. Esse mesmo trabalho foi feito para a privatização da Companhia de Energia de Brasília, por exemplo, desestatizada recentemente. Dessa maneira, todo o volume de passivos será identificado e endereçado no modelo de desestatização.

No caso dos Correios, o alto valor do passivo poderá depreciar o preço mínimo da companhia, já que não há muita diferença entre o valor do ativo e do passivo. No entanto, existem possibilidades em relação à acomodação do passivo. Já nos leilões das distribuidoras de energia, por exemplo, havia muito mais passivo do que ativo. A Eletrobras precisou, então, assumir uma parte do passivo; e a privatização dos Correios pode seguir o mesmo caminho.

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Imagem: Leonidas Santana / Shutterstock.com