Tesouro Direto: taxa de custódia será reduzida a partir de 2022
Na última quinta-feira (07), o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, falou na Semana Mundial do Investidor, sobre o futuro dos investimentos. Diante do aumento de taxas de juros, os investidores devem receber um incentivo a mais para aplicar em títulos públicos. Isso se dá, pois, a partir de janeiro de 2022, a taxa de custódia vai recuar de 0,25%, para 0,2% ao ano.
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Tesouro Direto: taxa de custódia será reduzida a partir de 2022
De acordo com Bittencourt, a iniciativa deve auxiliar a trazer ainda mais investidores que só podem fazer as aplicações de valores menores. Segundo o secretário, em dezembro de 2020, por exemplo, em torno de 74% dos investidores feitos pela plataforma tiveram um tíquete médio de até R$ 1 mil.
Atualmente, os investidores que detém um saldo de até R$ 10 mil aplicados nos Títulos Tesouro Selic, já têm a isenção da taxa de custódia. Ademais, o secretário disse que o potencial do Tesouro Direto é muito grande. Para Bittencourt, mesmo que a plataforma tenha hoje, em torno de 1,6 milhão de investidores com aplicações, é possível trazer cerca de 12 milhões de pessoas, que tem conta em banco, para investir no Tesouro Direto.
E quanto a rentabilidade?
No que diz respeito à rentabilidade negativa de alguns títulos nos últimos tempos, Bittencourt disse que o investidor está, a cada dia, mais “informado da possibilidade de oscilação do valor do investimento”. Devido ao processo de marcação a mercado, os papéis em circulação desvalorizam quando os juros aumentam. E é exatamente isso que aconteceu.
A exemplo disso, é possível citar o mês de setembro. Nele, a desvalorização dos títulos públicos atrelados à inflação de prazo mais longo, foi digna de renda variável. O valor do Tesouro IPCA+ com vencimento em 2045, reduziu 7,77% em setembro. Enquanto isso, o Ibovesba caiu, no mesmo período, 6.57%.
Ademais, entre os papéis prefixados, o pior desempenho foi o do Tesouro Prefixado com Juros Semestrais, e o vencimento em 2031, com um recuo de 4,04% em setembro. Em seguida, está o Tesouro Prefixado com o vencimento em 2026, o qual o valor caiu 2,48% no período.
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Imagem: Brenda Rocha – Blossom / shutterstock.com
