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Uso do rotativo do cartão bate recorde e chega a R$ 21,6 bi só em outubro

Após dois anos de recorde na liberação de crédito, que aumentou 21,7% durante a pandemia, 2022 tem tudo para ser um ano de inadimplência e de maior dificuldade para conseguir empréstimos. As primeiras evidências disso já são visíveis. A que mais chama atenção é o fato de que o brasileiro nunca buscou tanto o rotativo do cartão de crédito quanto agora.

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Em suma, o uso do rotativo do cartão de crédito se configura como uma opção de financiamento que é a mais caro do mercado. Essa opção alcançou R$ 21,6 bilhões concedidos no mês de outubro. E assim, esse se configurou o maior valor da série histórica do Banco Central.

Além disso, o valor é 29,9% superior ao do mesmo mês de 2019, antes da crise provocada pela pandemia. No mês de outubro, a taxa de juros do rotativo chegou a 343,55% ao ano. E assim, se configurou a mais alta desde 2017, depois de 4 meses seguidos de aumento.

Além do aumento dos juros no rotativo do cartão, a taxa básica de juros, que aumentou de 2% para 7,75% em 2021, deve subir ainda mais nesta semana. E isso sem dúvida vai se refletir nos juros cobrados de pessoas físicas por parte das instituições financeiras – cuja média chegou a 27,2% em outubro.

Dessa forma, isso tudo aumentou a dificuldade de quem tomou o empréstimo para fazer o pagamento. Para as empresas, a média chegou a 16,7% ao ano no mesmo mês, maior índice desde fevereiro de 2018.Os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), mostrou que pelo menos 12,3 milhões de famílias estavam endividadas em novembro. O dado responde por 75,6% das famílias brasileiras.

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Imagem: pathdoc / Shutterstock.com