Afinal, o que muda nos juros do cartão em 2024?
Uma nova medida começa a valer a partir desta terça-feira (2) quanto aos juros cobrados no rotativo do cartão de crédito. Confira!
Uma mudança importante passa a valer no início deste ano. Trata-se, portanto, da nova regulamentação que limita a cobrança de juros rotativos do cartão de crédito em 100% da dívida. Logo, ela entra em vigor nesta terça-feira (2).
Estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em dezembro, a regra impede que o total da dívida para aqueles que atrasam o pagamento da fatura do cartão exceda em dobro o débito original. Continue a leitura!
Entenda o juros rotativos do cartão de crédito
Atualmente, as taxas de juros rotativos do cartão podem atingir 430% ao ano. Assim, considera-se que essa porcentagem é a linha de crédito mais alta do mercado para pessoas físicas. Comparando, a taxa básica de juros da economia brasileira, determinada pelo Banco Central, é de apenas 11,75% ao ano.
O crédito rotativo, portanto, é uma opção oferecida aos consumidores quando o pagamento integral da fatura até a data de vencimento não é possível. Quando opta-se pelo parcelamento, pagamento mínimo ou atraso do valor total, o saldo devedor é acrescido de juros, que serão cobrados na próxima fatura.
Ao longo do tempo, isso pode resultar em um enorme acúmulo de dívida e o consumidor encontra muitas dificuldades para quitá-la.
Quais são as medidas que entram em vigor?
Portanto, para combater a elevada taxa de juros dos cartões de crédito, o governo federal criou o programa Desenrola Brasil, voltado para a renegociação de dívidas. As normas do texto para a renegociação de dívidas delimitam os juros do cartão de crédito.
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A Medida Provisória propunha que as instituições financeiras sugerissem, dentro de um prazo de 90 dias, uma solução para diminuir os juros rotativos do cartão. Contudo, devido à recusa dos bancos em apresentar uma solução, o CMN passou a estabelecer os limites para as taxas de juros para 100% da dívida.
Segundo o Serasa, quase 72 milhões de brasileiros estão inadimplentes, sendo mais de 20 milhões com pendências em bancos e cartões de crédito.
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