Aluguel tem valor três vezes maior do que a inflação brasileira; saiba mais
Aluguel tem valor três vezes maior do que a inflação brasileira; confira as razões para o aumento e como se preparar.
Os preços dos aluguéis fecharam o ano de 2023 em alta pelo sexto ano consecutivo. Segundo o Índice FipeZAP de Locação Residencial, o aumento foi de 16,16%. Apenas em dezembro, os valores apresentaram um aumento de 1%.
A pesquisa FipeZAP acompanha o preço médio de locação em 25 cidades brasileiras. Esses dados são coletados com base em anúncios veiculados na internet. No ano anterior, o índice já havia encerrado em uma alta significativa de 16,55%.
Maior alta dos preços em residências de um dormitório
A maior alta foi observada principalmente nos preços de imóveis que possuem apenas um dormitório. Em 2023, essas residências apresentaram um aumento de 19,23% no valor do aluguel, com o preço médio por metro quadrado chegando a R$ 54,74. No mesmo período, o preço médio do aluguel residencial foi de R$ 42,53/m2.
Ademais, segundo o estudo, todas as 25 cidades presentes na pesquisa registraram aumento nos preços do aluguel em 2023, incluindo 11 capitais. Sendo que seis delas ultrapassaram a média geral de aumento. Goiânia foi a cidade que liderou essa aceleração com os aluguéis ficando 37,28% mais caros durante o ano.
A alta do aluguel superou a inflação
Além disso, o Índice FipeZAP mostrou um aumento na locação bem maior do que a variação de indicadores de inflação como o IPCA e o IGP-M, este último conhecido como a “inflação do aluguel”. No ano de 2023, o IPCA teve um aumento acumulativo de 4,62%, com o grupo Habitação apresentando alta de 5,06%. Já o IGP-M indicou que os aluguéis ficaram 3,18% mais econômicos no mesmo período.
Essa alta contínua no valor dos aluguéis representa um desafio tanto para os inquilinos quanto para os proprietários e profissionais do setor imobiliário. Dessa maneira, a variação do valor do aluguel acima da inflação pode dificultar o acesso à moradia para muitos brasileiros e afetar a taxa de vacância dos imóveis.
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Com a atual tendência de aumento, espera-se que o mercado de locação continue a enfrentar desafios em 2024. Assim, os olhos dos especialistas estão voltados para um possível desaceleramento do crescimento econômico, o que pode ter reflexos diretos no setor imobiliário.
Imagem: MIND AND I / Shutterstock.com
