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Atitude polêmica do governo deixa os bancos irritados

Bancos não gostam de ação tomada pela equipe econômica do governo e dizem que ela pode abalar o mercado. Saiba que decisão foi essa

Recentemente, as instituições financeiras do Brasil passaram a diminuir a oferta de crédito no mercado. Isso aconteceu tanto por conta da elevada taxa de juros ou pelos altos níveis de inadimplência. Diante disso, o governo tomou uma atitude polêmica que está desagradando os bancos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), deu autorização para a criação de um grupo de estudo para avaliar a possibilidade de limitar os juros que os bancos podem cobrar pelo rotativo do cartão de crédito. Isso não agradou as instituições financeiras que dizem que essa é uma linha de crédito com muitos riscos. 

A atitude polêmica do governo não é novidade. Já existem projetos na Câmara dos Deputados que tratam sobre o assunto e também querem estabelecer um limite para o rotativo. A ideia é fazer algo parecido com o teto de juros do cheque especial em 2020.

Atitude polêmica preocupa

Os juros rotativos do cartão de crédito são aqueles cobrados quando o usuário deixa de pagar a fatura ou paga apenas uma parte dela. De acordo com o Banco Central, no mês de fevereiro, essa linha de crédito estava cobrando 417,4% ao ano, o que dá mais de 24% ao mês. 

Portanto, ela é de longe a linha de crédito mais cara disponível no mercado. Como o Brasil está com uma baixa oferta de crédito, a equipe econômica do governo está procurando soluções para baratear e simplificar o acesso a esses produtos. 

O que os bancos dizem?

A atitude polêmica de criar um grupo de estudo para limitar o juros do rotativo do cartão não agradou os bancos brasileiros. De acordo com o presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) tal ação pode causar uma distorção no mercado. 

Hoje, apenas 5% das operações com cartão de crédito envolvem o pagamento de juros. Assim, limitar o juros do rotativo pode impactar o fornecimento de parcelamentos sem juros e aumentar o valor das tarifas que os lojistas precisam pagar. 

Imagem: M.Antonello Photography / Shutterstock.com