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Aumento no salário mínimo é adiado para maio

Medida leva em conta a responsabilidade fiscal; veja como o governo avalia alteração da data e os valores necessários para a mudança.

O discutido reajuste do salário mínimo, promessa do governo Lula, que elevaria o valor para R$ 1.320, pode não acontecer por agora. O Governo Federal tem avaliado a responsabilidade fiscal e a data deve ser alterada para 1° de maio, justamente no Dia do Trabalhador.

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo apurou, para realizar o reajuste, a equipe técnica precisaria de pelo menos R$ 7,7 bilhões em caixa. Porém, o Governo Federal conta com apenas R$ 6,8 bilhões para este fim. O valor foi adquirido pela PEC da Transição.

Como o governo avalia a mudança

Por conta da falta de verba, a alteração do salário só poderia caminhar agora com corte orçamentário de outros ministérios, fazendo um remanejo dos plano do governo para este começo de ano. A equipe resolveu não ir por esse caminho, pois foi dado como certo que seria uma medida impopular.

Além disso, de acordo com avaliação da CNN Brasil, os ataques aos Três Poderes realizados por golpistas serviram como tese de defesa para o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para adiar o reajuste salarial.

Os atos que culminaram na depredação dos prédios em Brasília fizeram com que o governo tomasse a decisão para manter a responsabilidade fiscal. Com isso, Lula deve se manifestar diretamente com centrais sindicais para explicar o porque do adiamento. Todavia, a decisão agrada ao Mercado, que estava instável pela preocupação com a segurança fiscal.

O novo salário mínimo também afetaria o INSS

Ainda com a decisão, o governo ganhou tempo para monitorar outra pasta, a do INSS. O ministro Fernando Haddad deve analisar o comportamento da previdência. Isso porque, nas últimas cartadas do ex-presidente Bolsonaro, o número de beneficiários cresceu exponencialmente durante a eleição.

Dessa maneira, os gastos com relação ao reajuste podem ser ainda maiores que o previsto. Assim, se o governo anunciasse o reajuste agora em janeiro, poderiam levar a uma decisão de contingenciamento de despesas.

A promessa de campanha deverá futuramente virar uma MP (Medida Provisória), formalizando um novo piso. Mas, enquanto não acontece, o salário mínimo permanece na casa de R$ 1.302

Imagem: Gustavo Mello/shutterstock.com