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Banco Central tranquiliza mercado sobre impacto da Americanas no mercado de crédito

Banco Central apresenta números de fevereiro e afirma que impacto do rombo da Americanas foi pontual. Saiba qual impacto é esse

Em coletiva nesta quarta-feira (29), Banco Central afirmou que diminuição na oferta de créditos para empresas não é resultado direto do rombo da Americanas. De acordo com a autarquia, outros motivos levaram à redução dos empréstimos para pessoas jurídicas. 

O motivo do rombo da Americanas está ligado à forma como a empresa registrou seus créditos sacados no balanço contábil. Esse é um dos tipos de empréstimo em que os bancos assumem os vencimentos de uma empresa em troca de juros. Assim, várias instituições financeiras estão entre as credoras da varejista.

Assim, a preocupação do mercado era de que os bancos tivessem que absorver os prejuízos do calote da Americanas e acabassem diminuindo a oferta de crédito. No entanto, mesmo que os indicadores mostrem essa redução, o BC acredita que o efeito foi pontual. 

Banco Central alega que redução do crédito começou ano passado

Durante a apresentação dos números econômicos do país para o mês de fevereiro, o chefe do departamento de estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, disse que houve uma redução de 1,2% de crédito livre para as empresas. Assim, o montante separado pelos bancos para essa operação é de R$ 1,3 trilhão.

Porém, a diminuição dos recursos para as operações como de crédito sacado foi ainda maior. No segundo mês do ano, o total foi de R$ 164,2 bilhões, uma redução de 7,7% em relação ao mês anterior. Além disso, o BC também percebeu uma diminuição dos empréstimos para pessoas físicas. 

Perguntado sobre os motivos dessa queda, Rocha disse que a Americanas teve um efeito pontual. Portanto, só influenciou o encolhimento das operações de crédito sacado para grandes empresas. A redução geral está ligada a outros fatores econômicos.

Motivos para queda na concessão de crédito  

De acordo com o Banco Central, os motivos para a desaceleração são a diminuição da atividade econômica no país e a elevada taxa de juros. Porém, atores do mercado ainda estão preocupados com uma possível crise de crédito no Brasil. 

A falta de crédito para pessoas jurídicas pode acabar aumentando um endividamento das empresas e, assim, comprometer a sua capacidade de produção. Analistas acreditam que precisam esperar o resultado dos próximos meses antes de descartar ou não um problema maior. 

Imagem: rafastockbr e Diego Thomazini / shutterstock – Edição: Seu Crédito Digital