Banco Central volta a divulgar projeções
Na terça-feira (26), o Banco Central voltou a publicar as projeções do mercado financeiro para os indicadores da economia, que foram colhidas na semana passada, por meio de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras. As projeções apresentadas foram sobre a inflação, Produto Interno Bruto, taxas de juros e dólar.
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Inflação
De acordo com o Banco Central, a estimativa dos bancos para a inflação em 2022 aumentou de 6,86% para 7,65%.
A meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5% e pode ser considerada se oscilar entre 2% e 5%. Entretanto, desde 2021, a inflação já é prevista acima do teto da meta pelos analistas do mercado. Além disso, a probabilidade da inflação ultrapassar a meta é de 88% a 97%, calcula o Banco Central.
Em 2021, a inflação também ultrapassou a meta, quando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 10,06%, o maior desde 2015.
Já para 2023, a estimativa de inflação divulgada no mês de março era de 3,80%, contudo, o mercado financeiro elevou a previsão e estima que a inflação para o ano que vem fique em 4%.
Projeções Produto Interno Bruto
De acordo com dados do Banco Central, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), feita pelo mercado financeiro para este ano, é de crescimento de 0,50% em março, para 0,65%.
O que possibilitou o aumento da previsão foi a divulgação do crescimento do PIB de 2021, que ficou em 4,6%, conforme informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para o ano que vem, a previsão de alta do PIB foi reduzida de 1,30% para 1%.
Dólar
Para o final de 2022, a projeção para a taxa de câmbio reduziu de R$ 5,25 para R$ 5,00. Já para 2023, a estimativa que antes era de R$ 5,20 agora é de R$ 5,00 por dólar.
Sobre a taxa de juros
O mercado financeiro elevou a estimativa para a taxa básica de juros da economia de 13% ao ano, para 13,25% ao ano no final de 2022.
Hoje, a taxa Selic está em 11,75% ao ano. Para o ano que vem, a previsão é que a taxa Selic permaneça estável em 9% ano ano. Por isso, a estimativa é de queda de juros para o ano que vem.
Greve dos servidores do Banco Central
Em 1º de abril, teve início a greve dos servidores do Banco Central, que reivindicam um reajuste salarial de 27%, porém, o governo propôs um reajuste de 5% para todas as categorias, o que o sindicato considerou insuficiente.
Todavia, os servidores decidiram por suspender a greve até o início de maio, mas darão continuidade às paralisações parciais diárias e à operação-padrão que teve início em 17 de março. E, caso o governo não apresente uma proposta melhor até o dia 2 de maio, a greve será retomada automaticamente no dia seguinte.
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Imagem: rafastockbr / Shutterstock.com
