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Bancos Reduzem Taxas a Ritmo Mais Lento que a Economia

Dados do Banco Central divulgados nesta semana mostram que os juros dos bancos caíram menos do que os da economia. Entenda!

As reduções da taxa Selic, referência para os juros no Brasil, desde agosto do ano passado, tornaram mais baratas as captações de dinheiro pelos bancos. Tais captações acontecem por meio da venda de aplicações financeiras, como Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e poupanças.

Contudo, os juros aplicados pelos bancos para os empréstimos concedidos diminuíram em menor grau, levando ao aumento do spread bancário em 2023, em comparação com o ano de 2022. Continue a leitura!

Taxas do bancos têm menos redução do que a Selic

Notas de 10, 20 e 100 reais ao lado de um relógio. Os itens estão sobre uma placa com as letras da palavra juros.
Imagem: rafastockbr / Shutterstock.com

Esses dados provêm das estatísticas de crédito nacionais, divulgadas na última terça-feira (06) pelo Banco Central. Sendo assim, em dezembro de 2022, o custo médio de captação dos bancos estava em 13,2%.

Esse valor representa a média dos juros que os bancos pagaram naquele mês referente às remunerações de produtos ofertados aos clientes e investidores. Entre eles, estão poupanças, CDBs, Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs).

Essas remunerações tendem a acompanhar a taxa Selic e, portanto, a cair juntamente com ela. No mesmo período, os juros médios dos empréstimos estavam em 55,7%.

Spread bancário sobe

Portanto, o spread bancário, que representa a diferença entre as taxas de juros que os bancos pagam para levantar recursos e os que cobram para emprestá-los, estava em 42,5 pontos percentuais.

No final de 2023, esse spread subiu para 43,5 pontos percentuais. Ademais, os juros de captação caíram 2,5 pontos percentuais em 2023, dos 13,2% para 10,7% em dezembro do ano passado. Enquanto isso, as taxas dos empréstimos caíram apenas 1,5 ponto percentual, de 55,7% para 54,2% no mesmo período.

Inadimplência influencia os números

Além da queda da taxa Selic, outro fator que influencia os juros cobrados pelos bancos é o aumento da inadimplência. Logo, trata-se do prejuízo que os bancos têm ao não receberem os empréstimos de volta, representa atualmente cerca de um terço do spread.

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Segundo o Banco Central, a inadimplência das pessoas físicas caiu de 5,9% para 5,6% entre dezembro de 2022 e de 2023, após ter ultrapassado 6% no meio do ano. Em 2020, essa taxa estava pouco acima de 4%. Tais números demonstram a proporção de parcelas em atraso em relação ao total devido aos bancos.

Imagem: rafastockbr / Shutterstock.com