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Bolsa Família fez o último pagamento; veja como ficam os beneficiários

Milhões de beneficiários do Bolsa Família não têm certeza sobre o futuro do programa a partir do mês de novembro.

Na última sexta-feira (29), a Bolsa Família realizou o último pagamento a cerca de 1 milhão de inscritos. A partir de novembro, o programa de transferência de renda com 18 anos de história acabou, e vai ser substituído pelo Auxílio Brasil. Diante disso, como ficam os beneficiários? Descubra abaixo.

Após 18 anos de história, Bolsa Família encerra pagamentos hoje (29)

Bolsa Família acabou

A lei que cria o programa será revogada na próxima semana. Entretanto, ainda há uma chance de retorno caso o Congresso deixe vencer ou modifique a Medida Provisória 1.061. Por isso, por enquanto, a iniciativa do Bolsa Família está com o fim previsto.

Os 14,84 milhões de beneficiários do Bolsa Família ainda enfrentam incertezas sobre o futuro. Apesar do governo ter prometido iniciar os pagamentos do Auxílio Brasil em novembro, as discussões sobre o valor do programa continuam. Além disso, o valor médio de R$ 400 prometido a partir de novembro vai ser adiado para dezembro. No próximo mês, os aprovados devem receber apenas um reajuste de 20%.

Como ficam os beneficiários?

Em suma, milhões de beneficiários do Bolsa Família não têm certeza sobre o futuro do programa a partir do mês de novembro. Os técnicos do Congresso dizem que não vai haver mais uma base legal para o governo transferir o dinheiro através do Orçamento. E isso, coloca em cheque até mesmo os pagamentos de novembro.

De acordo com Sandra Brandão, economista da fundação Seade, “Neste momento está todo mundo com frio na barriga”. A economista afirma ainda que “Até agora não tem valor e não tem recurso para pagar (o Auxílio Brasil), e o Bolsa não pode mais ser pago porque no dia 7 de novembro ele não existe mais. A partir do 7 de novembro não pode usar mais nada do Bolsa para pagar as pessoas”.

Segundo Marcelo Neri, economista da FGV, a troca do Bolsa Família para o Auxílio Brasil gera um “risco de piora”. “Torcer para que ela (a operacionalização) seja o mais bem sucedida possível, mas não é uma coisa trivial não assim”.

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Imagem: Joa Souza / Shutterstock.com