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Bolsonaro é acusado de dar calote bilionário na Caixa para se reeleger

Calote bilionário na Caixa comprometeu os ativos de alta liquidez e colocou o banco em risco. Clique aqui para entender!

Reportagem especial do UOL mostrou que Bolsonaro deixou um calote bilionário na Caixa como herança do seu mandato. De acordo com a matéria, o ex-presidente usou o banco estatal como ferramenta para sua reeleição oferecendo linhas de crédito de alto risco para a instituição.

Para tentar a reeleição, Jair Bolsonaro precisava aumentar o seu percentual de votos junto aos brasileiros de baixa renda. Assim, sua estratégia incluía a concessão de 2 linhas de crédito fácil para esse grupo. A primeira era um microcrédito para negativados e a outra, o consignado do Auxílio Brasil.

Os dois tipos de empréstimos foram extremamente bem aceitos pelo público. Sendo que o banco quebrou recordes de acordos em um único dia. Entretanto, o nível de inadimplência é tão alto, que esse calote bilionário na Caixa pode colocar a instituição em risco.

Calote milionário na Caixa começou com linha de crédito que têm uma inadimplência de 80%

Em março de 2022, a Caixa e o governo lançaram uma linha de microcrédito (entre R$ 300 e R$ 1.000) para atender aos brasileiros, inclusive quem estava negativado, com uma taxa de juros de 1,95% por mês. Só no primeiro mês, o banco emprestou R$ 1,3 bilhão.

De cada seis pessoas que contrataram essa linha de crédito, 5 estavam negativadas. Conforme informações atuais da instituição financeira, considerando cada R$ 1.000 que o banco emprestou, R$ 800 não foram devolvidos. Ou seja, uma inadimplência de 80%.

Assim, para cobrir o calote bilionário na Caixa, o FGTS (que era o garantidor da operação) terá que desembolsar R$ 1,8 bilhão e o banco precisará absorver mais R$ 600 milhões.

Consignado do Auxílio Brasil

O consignado do Auxílio Brasil também pôde contribuir para o calote bilionário na Caixa. O governo lançou essa linha de crédito em outubro de 2022, com uma taxa de juros de 3,45% ao mês. A ideia era de que as parcelas fossem descontadas diretamente do valor do Auxílio Brasil.

A procura desse modelo foi ainda maior, a Caixa fez mais de 280 mil acordos em um único dia. Entretanto, a linha de crédito pode virar um problema. Isso porque o pagamento das pessoas que saíram do programa é incerto e pode aumentar a taxa de inadimplência do banco.

Como resultados, houve uma redução drástica dos ativos de alta liquidez do banco. De R$ 232 bilhões em 2021, passou para R$ 162 bilhões em 2022.

Imagem: Alf Ribeiro / Shutterstock.com