Bolsonaro sabia e ignorou massacre de grupo indígena; entenda
Bolsonaro ignorou massacre indígena: descubra a verdade chocante por trás da crise humanitária e das investigações em curso.
O recente relatório da Funai, divulgado em maio de 2023, comprova que o ex-presidente, Jair Bolsonaro, sabia e ignorou o massacre do grupo indígena Yanomami em 2021. Na época, garimpeiros ilegais invadiram o maior território indígena do país, localizado em Roraima, causando uma crise humanitária sem precedentes.
No dia 12 de maio, Igor Mello, jornalista do UOL, divulgou que o governo anterior recebeu informação sobre a seriedade e a gravidade da crise causada pelo garimpo ilegal para os Yanomamis, porém optou por não intervir.
Pedidos de ajuda foram feitos, mas não foram atendidos
O então vice-presidente da República e presidente do Conselho da Amazônia, general Hamilton Mourão, alertou sobre a necessidade de uma grande operação no local, mas nada foi feito.
O relatório da Funai também mostra que Marcelo Xavier, responsável pelo órgão e alinhado ideologicamente a Bolsonaro, pediu a operação, mostrando que a situação era limite. No entanto, Bolsonaro ignorou a situação e não tomou nenhuma atitude para proteger a vida dos indígenas.
Adicionalmente, registros descobertos em fevereiro mostraram que a administração anterior repetidamente recusou o fornecimento de alimentos para os povos indígenas que estavam enfrentando a fome.
Mesmo após solicitações e alertas sobre a situação dos Yanomamis, não houve uma resposta satisfatória e humanitária por parte das autoridades competentes.
Bolsonaro decidiu deixar a questão de lado
Através do mapeamento da Funai, o governo tinha conhecimento da localização do garimpo ilegal, o que lhe dava a oportunidade de enviar as forças de segurança, como a Polícia Federal, a Força Nacional ou as Forças Armadas, para lidar com a situação.
É importante destacar que o atual governo tem tomado medidas para lidar com essa questão, mas a inação do governo anterior contribuiu significativamente para a situação atual.
Conforme informações publicadas pelo portal Sumaúma, pelo menos 570 crianças Yanomamis com menos de cinco anos perderam a vida devido a doenças que poderiam ter sido tratadas se a gestão anterior tivesse tomado medidas adequadas.
Uma investigação está em curso pela Polícia Federal contra a antiga administração, tendo como foco os delitos de genocídio, omissão de socorro e desvio de recursos.
Imagem: Marcelo Chello / shutterstock.com