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Brasil cai 10 posições em ranking de percepção da corrupção; entenda o motivo

A gestão do ex-presidente Bolsonaro é apontada como influência. Saiba mais sobre o cenário de corrupção no Brasil e no mundo.

Em uma atualização recente, o Brasil registrou uma queda significativa no Índice Global de Percepção de Corrupção (IPC). De acordo com o último relatório divulgado pela Transparência Internacional nesta terça-feira (30), o país perdeu dez posições, caindo para o 104º lugar em um universo de 180 países.

A decepcionante posição do Brasil pode ser atribuída à redução de dois pontos em relação ao ano anterior no IPC, alcançando um total de 36 pontos. Esse índice representa uma posição abaixo das médias globais e regionais, ambas com 43 pontos.

Os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) obtiveram uma média de 40 pontos, enquanto o G20 (os 20 maiores países economicamente) registrou 53 pontos, e a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), 66 pontos.

Atribuição da piora ao antigo governo

Gráfico de linha com bandeira do Brasil
Imagem: Ronnie Chua / shutterstock.com

Para a Transparência Internacional, a piora da percepção de corrupção no Brasil se deve, em grande parte, à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. A organização alega que o governo Bolsonaro comprometeu as medidas jurídicas, políticas e sociais previstas para o combate à corrupção.

Autoridades alegam que tal comprometimento teria sido motivado por esforços tanto para blindar a família Bolsonaro de investigações quanto para evitar um possível impedimento do mandato.

No entanto, o atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também enfrentou críticas. A Transparência Internacional, nesse sentido, apontou a flexibilização da Lei das Estatais como um dos possíveis sinais de piora na integridade do país.

Além do Brasil: confira o cenário internacional de corrupção

Na atualização mais recente do Índice Global de Percepção de Corrupção, de forma global, com as melhores posições, ou seja, menos corrupção, o ranking ficou da seguinte forma:

  1. Dinamarca;
  2. Finlândia;
  3. Nova Zelândia;
  4. Noruega;
  5. Cingapura.

Por fim, os piores colocados no ranking, com mais corrupção, foram:

  1. Somália;
  2. Venezuela;
  3. Síria;
  4. Sudão do Sul;
  5. Iêmen.

Esse relatório traz à tona a necessidade contínua de medidas rigorosas e eficazes para combater a corrupção no Brasil. Considerando os danos associados à corrupção, tanto na confiança pública quanto na economia, esse deve continuar sendo um tema de alta prioridade para o governo.

Imagem: Ronnie Chua / shutterstock.com