Brasil, o país das fintechs: como é empreender no mercado mais regulado do país?
O setor de fintechs é um dos mais regulados de todos, pois lida com o dinheiro de outras pessoas. Clique aqui e entenda mais sobre o assunto!
De acordo com o relatório Fintech Global Vision da Finnovating, o Brasil lidera o ranking de países da América Latina com mais fintechs ativas até o final de 2022, com 2.030 empresas. Em seguida, aparecem na lista o México (844) e a Colômbia (642). Dessa forma, a região tem se consolidado como líder em serviços B2C.
Assim, para atender esse mercado, em meados de 2016 surgiu a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), com o objetivo de interagir com os reguladores do setor que, segundo Diego Perez, presidente da entidade, é um dos mais regulados de todos. Isso porque lida com o dinheiro de outras pessoas, além de cuidar de operações financeiras que podem impactar a economia como um todo.
Regulação das fintechs no Brasil
Diego Perez afirmou, em conversa com o Seu Crédito Digital, que se uma fintech tomar algumas medidas “sem a devida autorização do Banco Central, CMV (Comissão de Valores Mobiliários) e SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), que são entidades que regulam esse mercado, ela pode estar incorrendo em crimes,” e, assim, o empreendedor vai preso em determinados casos.
Dessa forma, Perez destaca que, quando houve a criação da ABFintech, o objetivo era criar o “hábito e essa cultura do conhecimento entre os empreendedores” para que eles soubessem que existem regras e também entendessem essas regras.
Além disso, Perez afirmou que a entidade também envia mensagens aos reguladores no sentido de “olha, essa regra aqui talvez possa ser modernizada para permitir novas atividades, ou então, isso aqui está barrando a inovação, a tecnologia, a gente precisa pensar em uma alternativa, ou então, isso não precisa de regra, já está funcionando e não é algo que precise ser tão amarrado”.
Sandbox
Durante a entrevista, o presidente da ABFintech também citou a Sandbox, que funciona como um ambiente de testes criado pelos reguladores (Banco Central, CVM e SUSEP) “criaram esse ambiente para que o empreendedor desenvolva uma atividade que ainda não exista ou que nem o regulador sabe se precisa ou não regular, sem você estar incorrendo em atividades criminosas”.
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Perez ainda aponta que a Sandbox é uma importante ferramenta para os inovadores, tanto para aqueles que estão começando a empreender no setor, quanto para aqueles que já atuam há anos.
Portanto, essa plataforma tem o objetivo de promover a inovação e a diversidade de modelos de negócio, além de impulsionar a concorrência entre os fornecedores de produtos e serviços financeiros.
Imagem: LookerStudio / shutterstock.com
