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BTG bate de frente com os 3 homens mais ricos do Brasil; entenda o porquê

Banco BTG Pactual confronta os três homens mais ricos do Brasil por meio de um pedido judicial. Entenda o caso!

No último fim de semana, os advogados que representam os interesses corporativos do banco BTG Pactual entraram com um pedido de anulação e impedimento da proteção judicial concedida ao caixa da Americanas.

A varejista chocou o mercado financeiro, na semana passada, ao anunciar um rombo de R$ 20 bilhões em seus balanços contábeis. A empresa tem como principais investidores os três homens mais ricos do país: Beto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles.

Apesar de serem conhecidos como “capitalistas puro-sangue”, conforme Sergio Rial, ex-presidente da Americanas, eles agora são acusados de ações fraudulentas e de serem “pegos com a mão no caixa”, segundo o próprio BTG. Entenda o caso.

Rombo bilionário da Americanas e acusações do BTG

O BTG é um dos principais credores da Americanas. Em sua solicitação, o banco não mediu acusações nem palavras referentes ao trio de acionistas. Confira um trecho da liminar:

“Os três homens mais ricos do Brasil (com patrimônio avaliado em R$ 180 bilhões), ungidos como uma espécie de semideuses do capitalismo mundial ‘do bem’, são pegos com a mão no caixa daquela que, desde 1982, é uma das principais companhias do trio.”

O recurso solicitado pelo banco BTG foi negado pelo desembargador Luiz Roldão Filho, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Mesmo assim, chama atenção o tom incisivo do texto:

“[…] É o fraudador pedindo às barras da Justiça proteção ‘contra’ a sua própria fraude. É o fraudador cumprindo a sua própria profecia, dando verdadeiramente ‘uma de maluco para esses caras saberem que é pra valer’.”

Sem negociações e nova tentativa de liminar

O BTG afirmou que não pretende fazer negociações com a Americanas. Nesse caso, segundo o banco, não é cabível uma proteção judicial, pois o comportamento do grupo “deve ser punido severamente, com suas potenciais consequências criminais”.

Com isso, o credor da Americanas declara um cenário de guerra contra a empresa. Ademais, o banco afirma que entrará novamente com o recurso e irá insistir com a mesma agressividade da primeira solicitação.

Imagem: Wirestock Creators/shutterstock.com