Carteira de criptomoedas sofre duras críticas após anúncio de novo recurso
Clique aqui e entenda como funciona o novo recurso que gerou grande preocupação da comunidade de criptomoedas.
Após o anúncio da Ledger a respeito das carteiras de hardwares e um novo recurso para o modelo Nano X, a empresa vem sendo duramente criticada. A nova solução anunciada para recuperação de fundos de forma online causou polêmica na comunidade.
No mundo das criptomoedas, a Ledger é uma empresa muito conhecida por seu sistema que integra softwares e carteiras de hardwares para segurança de toda classe de criptoativos. Assim, todas as transações que ocorrem na rede, bem como a identidade dos participantes permanecem anônimas.
Desse modo, as carteiras de hardwares são dispositivos físicos que funcionam sem conexão à internet, mantendo as chaves privadas e com segurança.
Como funciona a nova ferramenta da Ledger
Em resumo, o novo recurso, chamado de Ledger Recover, consiste em um serviço de assinatura opcional que protege o usuário no caso de ele perder sua frase-semente de recuperação. Essa frase funciona como uma espécie de senha para acessar os fundos e recuperar a configuração das carteiras.
Assim, o Ledger Recover emprega uma técnica de encriptação e divisão da frase-semente em três fragmentos enviados para entidades externas diferentes. Esses fragmentos podem ser usados para reconstruir a frase de recuperação do usuário.
Esse recurso trouxe aflição para os investidores que usam as carteiras da Ledger, porque a empresa prometia o oposto dessa nova proposta, já que as chaves dos clientes seriam guardadas exclusivamente no dispositivo hardware. Assim, disponibilizar a opção de recuperar chaves privadas através de um serviço online transpareceu como uma vulnerabilidade no sistema.
Changpenz Zhao, fundador da Binance e um dos maiores nomes do setor, foi um dos que questionou o novo recurso da Ledger em seu perfil no Twitter: “Então a seed [semente] pode sair do aparelho agora?” , “parece uma direção diferente sobre suas chaves nunca saem do dispositivo”.
Resposta da Ledger
Após a notícia ter despertado preocupação na comunidade, o co-fundador e vice presidente de inovação da Ledger, Nicolas Bacca, respondeu às críticas pelas redes sociais, reforçando que o serviço é opcional.
Ademais, o executivo informou que o usuário pode decidir se quer usar o recurso, mas também pode optar por continuar fazendo o backup por conta própria.
Por fim, segundo a Ledger, apenas usuários com passaportes emitidos pela União Europeia, Canadá, Reino Unido e EUA poderão utilizar a nova ferramenta. Veja o pronunciamento oficial da empresa no Twitter:
Imagem: Chinnapong / shutterstock.com