China corta taxa básica de juros para reanimar economia

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Na última segunda-feira (22), a China cortou a taxa de empréstimo básica e reduziu a referência para hipotecas. Isso aconteceu após o país já ter tomado medidas de flexibilização da semana anterior, já que Pequim tem aumentado os esforços para reavivar a economia do país. 

Assim, o Banco do Povo da China enfrenta um equilíbrio delicado em seus esforços para reanimar o crescimento econômico do país. Isso porque oferecer muito estímulo pode aumentar as pressões inflacionárias.

Além da inflação, essas medidas podem aumentar a fuga de capital de risco, tendo em vista que o Federal Reserve e outras economias aumentam as taxas de juros de forma agressiva. 

Economia chinesa

Primeiramente, é preciso destacar que a demanda fraca por crédito vem forçando a mão do banco central conforme a autoridade monetária tenta manter um equilíbrio na economia chinesa. 

Além disso, a taxa de empréstimo primária de um ano (LPR) diminuiu em 5 pontos base, ou seja, para 3,65%, na fixação mensal do banco central na segunda-feira (22). Já a taxa de LPR de cinco anos foi cortada em 15 pontos, isto é, 4,30%. 

Desse modo a LPR de um ano diminuiu pela última vez em janeiro. Ademais, a taxa de 5 anos, que foi cortada pela última vez no mês de maio, tem influência sobre os preços das hipotecas residenciais.

Cortes na taxa de empréstimo  

Os cortes na LPR têm acontecido após o banco central surpreender os mercados na última semana ao diminuir a taxa do instrumento de empréstimos de médio prazo e outra ferramenta de liquidez de curto prazo. 

Esses cortes ocorreram devido a uma série de dados recentes que mostraram que a economia estava perdendo a força. Isto é, diante da desaceleração do crescimento global e do aumento do custo dos empréstimos em diversos países desenvolvidos. 

Assim, em uma pesquisa da Reuters, feita na semana passada, 25 dos 30 entrevistados previam uma redução de 10 pontos-base para a taxa de empréstimos em um ano. Além disso, todos os participantes dessa pesquisa projetaram um corte para taxa de cinco anos, 905 deles prevendo uma redução superior a 10 pontos.

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Imagem: Freepik/Slon