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Cliente da XP reclama de uso do cartão de crédito: “venderam minhas posições”

No último dia 14, o cliente Rodrigo Alves utilizou um cartão de crédito da XP Investimentos para comprar uma passagem aérea. A compra ficou no total de R$ 14 mil.

Aparentemente, estava tudo certo. Entretanto, ele recebeu um comunicado de enquadramento de risco da corretora, avisando que, por falta de garantia, suas posições haviam sofrido “ajustes necessários” antes do vencimento da fatura.

Em entrevista a BM&C News, Alves explicou a situação:

“Eu achei que eles tinham dado um hold nas minhas posições. Quando eu fui acessar a conta, eu vi que eles tinham, na verdade, vendido todas as posições que eu tinha. A conta era bem simples, eu possuía em torno de R$ 25 mil, entre investimentos de FIIs, ações e previdência privada. E o total gasto no cartão, somando as outras compras já realizadas, seria cerca de R$ 19 mil. Não bate”.

Além disso, o cliente indagou o porquê das suas posições sumirem se ele tinha um limite de R$ 25 mil.  Alves completou dizendo que “Eles pegaram, venderam as posições, seguraram esse valor e, com isso, eu fiquei no prejuízo. Por quê? As ações estavam em baixa, já estava em torno de dez mil reais, e se eu fosse vender agora, por exemplo, eu estaria tendo um prejuízo de R$ 30 mil”.

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Reclamação no LinkedIn

Por falta de solução no atendimento, o cliente decidiu reclamar pelo LinkedIn e abriu um chamado na Comissão de Valores Mobiliários. Como resposta, “a CVM retornou dizendo que não pode fazer nada. Já a XP foi muito complicado falar. Quando consegui contato, me responderam que eu havia sido enquadrado porque eu estava em deságio”.

Para o cliente, a situação não é coerente. “Se eu tinha R$ 25 mil, o cartão deveria bloquear o valor nesse meu caso. Aí eu concordo plenamente, porque, se estou devendo R$ 19 mil no cartão e tirar todas as minhas posições, apresenta um risco para a XP. Qualquer banco seria assim. Só que não foi isso que aconteceu. Eles venderam as posições que já ficaram lá”.

XP esclarece a situação

Em nota direcionada ao cliente, a corretora esclareceu que o cartão XP possui limite dinâmico, “variando de acordo com os ativos sob custódia e suas cotações, em caso de ativos de renda variável”.

“No dia 14/03, o valor do seu patrimônio – já considerando deságio – não era suficiente para garantir o limite utilizado no cartão. Assim, como previsto nos termos do produto, o time de risco fez o enquadramento (liquidação) de suas posições de forma compulsória. Dessa forma, foram liquidadas suas ações e fundo imobiliário. Essa ação está prevista em contrato”, finalizou a XP em comunicado.

O contrato do cartão da XP Investimentos informa que o usuário poderá ter valores bloqueados pela utilização dos produtos bancários, chegando até a ser executado caso suas garantias disponíveis não suportem, e “deixe-o negativo”.

Em nota à imprensa, a XP reafirma que  “a execução das garantias é uma condição prevista para o uso do cartão, como deixa evidente a própria reportagem ao reproduzir os termos do contrato. Importante reforçar que o cartão XP possui limite dinâmico, variando de acordo com os ativos sob custódia do cliente e suas cotações”.

Por fim, a instituição também esclareceu que que o caso já foi solucionado. Contudo, Rodrigo disse ao site BM&C News que ainda não teve acesso ao reembolso prometido. 

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Imagem: rafapress / Shutterstock.com