CNH: motoristas poderão ter foto no documento com véus e hábitos religiosos; saiba mais
Saiba como as novas regras para trajes religiosos na CNH promovem inclusão e respeito à diversidade. Descubra um avanço inclusivo!
Nesta segunda-feira (8), o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) deu um grande passo ao publicar a Resolução nº 1.006, que agora permite aos cidadãos utilizarem trajes que cubram parte da cabeça e do rosto na foto da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por motivos religiosos ou de saúde.
Assim, a decisão marca um avanço importante nas políticas de inclusão social e respeito às diferenças culturais, religiosas e individuais no Brasil. De acordo com a nova norma, os motoristas poderão usar véus, hábitos e outros itens de vestuário que façam parte de suas crenças ou que sejam necessários devido à queda de cabelo resultante de doenças ou tratamentos médicos.
Foto da CNH
No entanto, a medida estabelece que a face, testa e queixo dos motoristas devem permanecer visíveis nas fotografias, mantendo a proibição do uso de óculos escuros, bonés e outros acessórios que dificultem a identificação da pessoa.
A nova legislação representa um passo significativo na direção do respeito e da valorização das diferenças culturais e religiosas no país. Dessa forma, figuras públicas e líderes religiosos já começam a expressar seu apoio e sua satisfação com a medida. Assim, eles afirmam que a nova resolução é um marco na luta pelo reconhecimento das tradições religiosas brasileiras.
Liberdade religiosa e reconhecimento
Antes mesmo da publicação da Resolução nº 1.006 pelo Contran, a discussão sobre a liberdade religiosa e o direito de expressão já havia ganhado espaço em importantes instâncias do governo brasileiro.
Em fevereiro, a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou um parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF), ressaltando a importância de alterar as normas vigentes para respeitar a liberdade religiosa e facilitar o reconhecimento de cidadãos por parte das autoridades.
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Assim, a questão ganhou notoriedade quando o STF iniciou o julgamento de uma ação relacionada à permissão do uso de trajes religiosos em fotografias para documentos oficiais. O caso emblemático de uma freira impedida de renovar sua CNH vestindo seu hábito no Paraná foi o estopim para várias discussões sobre o tema, culminando na atual mudança legislativa.
Imagem: rafapress / shutterstock.com
