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Como estão os indicadores da BRF? Veja como foi o turnaround da S.A.

Veja como foi o turnaround e se a empresa já está totalmente recuperada.

Como estão os indicadores da BRF? Primeiramente, a BRF é uma das maiores empresas do ramo alimentício do mundo. A companhia foi gerada a partir da fusão entre a Sadia e a Perdigão em 2013. Desta forma, possui mais de 100 mil funcionários, distribuídos em mais de 130 países, que atendem mais de 300 mil clientes ao redor do mundo. 

Ademais, a empresa está concluindo um longo processo de turnaround, iniciado ainda em 2013, e que levou a trocas na diretoria da companhia. Nesse sentido, hoje a BRF está se reerguendo, e busca aumentar sua rentabilidade lucros. Assim, veremos como os indicadores estão mudando com a nova gestão, deixando para trás números preocupantes.  

Indicadores da BRF 

Com o intuito de tomar uma decisão de investimento mais racional e crítica, é necessário se atentar para alguns indicadores da empresa em análise. Desta forma, os indicadores fornecem uma visão macro da companhia e de suas operações, podendo auxiliar o investidor na tomada de decisão.  

Com tal propósito, falaremos sobre alguns indicadores e sobre os resultados e histórico que os agregam. Todavia, vale ressaltar que esse artigo não é uma indicação de investimento, e tem por objetivo somente comentar sobre os resultados publicados pela empresa. 

Ademais, também se faz válido ressaltar que os números nesse artigo foram retirados das cotações e demonstrações disponíveis até o dia 31.07.2021. Enfim, usaremos as ações ordinárias da empresa como base de análise, sendo sua sigla na B3 BRF3. 

Indicadores de Rentabilidade e Histórico da BRF 

De uma forma geral, toda análise fundamentalista de uma empresa passa pela avaliação da sua rentabilidade. Sendo esse um dos pontos principais para um investidor, visto que é por meio da capacidade de gerar lucros que o ativo pode oferecer retornos.  

Lucro Líquido 

Em suma, o lucro líquido de uma empresa é o rendimento total da organização, e reflete o ganho real das atividades econômicas realizadas.  Portanto, o rendimento obtido depois de descontados todos os custos fixos resumo o lucro líquido.    

Assim, ele representa basicamente os ganhos da empresa obtidas pelas vendas de serviços e produtos, retirando os custos para a fabricação ou prestação do serviço.  

Desta forma, o lucro líquido da BRF demonstra a implementação e sucesso das novas diretrizes de negócios. Nesse sentido, a companhia saiu de um prejuízo de R$ 4.466 milhões em 2018 para R$ 1.450 milhões nos últimos 12 meses. Analogamente, nos próximos indicadores veremos os resultados dessa recuperação. 

EBITDA 

Primeiramente, o EBITDA é um dos indicadores mais usados pelos analistas fundamentalistas. Nesse sentido, a sigla em inglês significa Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, em português poderia ser traduzido como “lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização”.  

Sendo assim, o EBITDA demonstra o potencial real de geração de caixa da companhia, descartando despesas que não são relacionadas a parte tangível.  

Desta forma, em 2020 o EBITDA da BRF foi de R$ 4.364 milhões, um aumento significativo se comparado aos R$ 3.540 milhões alcançados em 2019. Sendo assim, o índice da companhia que chegou a – R$ 1.595 em 2018, hoje se alça a patamares bem mais animadores. 

ROE   

Primeiramente, o ROE fornece uma proporção entre o lucro líquido de uma empresa e seu patrimônio líquido. Ele é medido por lucro liq. / patrimônio liq. e informa o quanto uma empresa gera de caixa em comparação ao que ela já tem de ativos.   

De forma semelhante ao EBITDA, é visto uma recuperação acentuada no ROE da BRF. Nesse sentido, o indicador que se manteve 3 anos negativos e chegou a – 63,87% em 2018, hoje se encontra em 17,52% em viés de crescimento.  

ROIC   

Por sua vez, o ROIC fornece um panorama mais geral da rentabilidade da companhia. A sigla significa “Retorno Sobre o Capital Investido”, e é medido a partir do Resultado Operacional Líquido de Impostos sobre o Capital Investido da empresa. Analogamente aos indicadores anteriores, a retomada do ROIC é visível na BRF, saindo de – 1,82% em 2018 para os 8,34% em 2020.  

Margem líquida  

A margem líquida representa a porcentagem de lucro líquido que uma empresa obteve em relação à sua receita total. Assim, quanto maior é o indicador, mais eficiente é a operação, uma vez que uma maior parte do que foi gerado se tornou lucro.

Por fim, a margem líquida da BRF indica que entre 2016 e 2019 as operações da companhia não estavam gerando grande valor. Desta forma, com valores negativos em 2016, 2017 e 2018, hoje a margem se encontra em 3,54%, ainda não sendo um número excelente, mas que demonstra uma administração em direção ao caminho certo.  

Endividamento da BRF 

Dívida líquida / PL 

Primeiramente, a Dívida Líquida/Patrimônio Líquido significa a divisão entre todo o endividamento da empresa e o total de ativos que ela possui. Desta forma, é possível descobrir o quanto ela utiliza de capital de terceiros para financiar suas atividades em relação ao patrimônio dos seus acionistas.    

Desta forma, analisando o histórico da dívida líquida / PL da companhia, vemos um salto no ano de 2018, saindo de 1,27 no ano anterior para 2,41 naquele período. Nesse sentido, em 2019 e 2020, vemos um recuo forte no indicador, que chegou a 1,77 e 1,69 respectivamente.  

Dívida líquida / EBITDA 

Da mesma forma, a Dívida líquida / EBITDA fornece o número de anos que uma empresa levaria para pagar sua dívida líquida no cenário em que o EBITDA permanece constante. 

Analogamente, a dívida líquida / EBITDA já esteve em patamares bem piores que os atuais. Nesse sentido, em 2017 chegou a 9,96, e depois se tornou negativa (ano em que o EBITDA da companhia ficou abaixo de zero). Ademais, hoje o indicador está em 3,35, o que ainda é um número não tão confortável ao acionista, mas que indica boa melhora.  

Conclusão 

A BRF é uma das maiores companhias do ramo alimentício do planeta, com consumidores em mais de 100 países, a empresa passa por uma reestruturação atualmente. Em síntese, a BRF parece está tomando o rumo certo para as suas operações, aumentando sua rentabilidade e diminuindo seus passivos.  

Por fim, vale a pena para o investidor ficar de olho nessa reestruturação da empresa, que já passou por anos bem ruins, mas que demonstra ao mercado que está conseguindo se reerguer.

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 Imagem: rafapres / shutterstock.com