Companhia aérea anuncia demissão de 2 mil funcionários
Objetivo é terceirizar alguns setores de trabalho; Empresa também anunciou que vai abrir vagas para outras funções
A empresa de aviação de Arlington, Virgínia, nos Estados Unidos, Boeing anunciou que vai demitir dois mil funcionários. A informação foi confirmada pela agência Reuters nesta terça-feira (07) que informou também que a empresa quer simplificar sua estrutura corporativa.
Esses dois mil funcionários são das áreas de finanças e recursos humanos. A Boeing quer contratar uma empresa terceirizada para tomar conta de ambos os setores. Tudo indica que a escolha será a indiana Tata Consulting Services.
Decisões da Boeing
Apesar de estar fazendo cortes em alguns setores, a Boeing planeja aumentar o quadro de funcionários em outros. A empresa anunciou que espera contratar 10 mil funcionários esse ano. Decisão que vem desde o ano passado quando foram contratadas 23 mil pessoas.
O motivo das contratações se dá pela decisão de muitos funcionários terem se aposentado, o que dificultou o trabalho da empresa. A Boeing contava com 175 mil funcionários em 2012 e passou por anos de declínio de colaboradores até que fechou 2022 com 156 mil, o que é 10% a mais em relação aos números de 2021.
A empresa teve de acelerar as contratações no ano passado por conta do boom de aposentadorias que, de uma vez, deixou oito mil funcionários irem embora. Mas com o aumento repentino no quadro, alguns setores cresceram consideravelmente.
Só na divisão de aviões comerciais, o aumento foi de 15%, mais de 41 mil pessoas com quase 5 mil empregos incrementais nas principais instalações de fabricação de aviões no estado de Washington.
Rivalidade
A Boeing está acompanhando os passos da sua sua rival de ramo, a companhia Airbus. A empresa anunciou que planeja contratar cerca de 13 mil trabalhadores em 2023, em vários setores.
A Airbus atualmente tem um quadro de 130 mil funcionários somando todas as suas instalações. A companhia rival da Boeing também informou que dará prioridade a expansão do quadro de funcionários no seu mercado na Europa. As demais vagas serão preenchidas em instalações nos pleitos dos Estados Unidos e também na China.
Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil