Consignado do Auxílio Brasil apresenta juros mais altos do que outras modalidades
Com base em comparação, o consignado do Auxílio Brasil da Caixa apresenta taxa de juros maiores que outras opções de crédito
O empréstimo consignado do Auxílio Brasil foi liberado no final do mês de setembro e já apresenta alta adesão entre os beneficiários do programa social. Contudo, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central do Brasil, a taxa de juros do serviço é mais alta quando comparada com outras modalidades de empréstimo disponíveis.
Com base na regulamentação do Governo Federal, os juros cobrados pelos bancos não podem ultrapassar 3,5% ao mês, alíquota maior que diversas outras opções de empréstimos do mercado. As informações são do g1.
Comparação da taxa de juros
A taxa de juros cobrada pela Caixa Econômica Federal pelo empréstimo consignado do Auxílio Brasil é de 3,45% ao mês, bem próxima ao limite pré estabelecido. Nesse sentido, a alíquota é maior que a média de todos os bancos que oferecem crédito aos aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que vai de 1,3% a 2,18% ao mês.
Também são maiores que as adotadas na categoria “consignado privado”, destinado aos trabalhadores de carteira assinada do setor privado. Segundo o levantamento, a taxa da Caixa é maior que a média de 45 das 51 instituições listadas pelo Banco Central.
Dessa forma, a taxa estabelecida pelo governo como limite é bem alta, segundo analistas, visto que, por se tratar de um consignado, em que as possibilidades de calote são menores, os juros precisariam ser mais baixos, como é o habitual entre as instituições que oferecem esse tipo de crédito.
Mesmo no serviço oferecido pela Caixa, sem vínculo com beneficiários do Auxílio Brasil, a taxa de juros é de 1,91% ao mês.
Prazo de pagamentos é menor
Outro fator que deve ser analisado é que a quantidade máxima de parcelas também é menor do que o convencional nesse tipo de serviço. De acordo com a regulamentação, as parcelas não podem ultrapassar 24 meses.
Por isso, analistas reafirmam que, por se tratar de um período menor do que o comum, as taxas de juros poderiam ser ainda mais baixas.
Críticas ao consignado do Auxílio Brasil
Desde o início do debate sobre o consignado do Auxílio Brasil, muitas críticas foram feitas à nova modalidade de empréstimo. O principal argumento é de que se trata de um crédito para pessoas em situação de vulnerabilidade econômica, com descontos automáticos no valor do auxílio social.
Ou seja, mensalmente, essas famílias teriam a renda comprometida com as parcelas do empréstimo.
Além disso, caso o benefício seja cancelado, essas pessoas teriam de arcar com as prestações da mesma forma, visto que a interrupção do pagamento do auxílio não põe fim ao contrato do empréstimo. Nesse sentido, os brasileiros poderiam encontrar ainda mais dificuldades para lidar com as despesas.
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