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Diretor do BC indicado por Haddad conseguirá diminuir juros?

Veja o que o mercado espera do novo diretor do BC indicado por Fernando Haddad e as expectativas para a redução da taxa de juros

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou ontem (08) seu braço direito para o cargo de diretor do BC (Banco Central). Agora, o mercado quer saber se Gabriel Galípolo vai conseguir atuar para diminuir juros ou se vai seguir o caminho atual da organização. 

O Banco Central do Brasil está numa campanha de manter uma alta taxa de juros (13,75% ao ano) para controlar a inflação. Esse índice coloca o país com a maior taxa de juros real de todo o mundo, o que desagrada o governo federal que quer aquecer a economia

Dessa forma, analistas do mercado financeiro concordam que o novo diretor do BC que Haddad indicou, chega para defender a queda dos juros dentro do Copom. Entretanto, talvez não seja isso que aconteça em um primeiro momento. 

Novo diretor do BC será voz destoante

Nas últimas reuniões do Copom, os diretores decidiram por unanimidade aumentar/manter a taxa de juros do país. Com a participação de Galípolo, a expectativa é de que ele se apresente como uma voz destoante no grupo. 

Ou seja, enquanto a maioria defende a manutenção de uma taxa de juros alta para controlar a inflação, o diretor do BC que Haddad indicou, apoiaria uma redução da Selic para aquecer a economia. Diante desse possível cenário, o mercado já começou a dar indicações. 

Por exemplo, no dia do anúncio de Galípolo, a taxa de juros do mercado de longo prazo (entre cinco e dez anos) sofreu um aumento. Isso pode indicar que o mercado espera um provável aumento da inflação nos próximos anos. 

Mercado vai aumentar o juros mesmo sem o BC

Mesmo que o novo diretor do BC consiga trabalhar para diminuir a taxa de juros, o mercado pode acabar aumentando os juros nominais. Isso acontece quando os níveis de inflação crescem, mas a taxa de juros básica não acompanha. Nesse caso, o mercado aumenta os juros nominais para manter o equilíbrio dos juros reais (descontada a inflação). 

Ainda não existe uma resposta para a pergunta do título. O que resta é acompanhar as políticas monetárias e entender como elas vão impactar na economia do país.

Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil