Empresa de games dará aumento salarial mesmo lucrando menos
Marca japonesa terá de obedecer pedido do primeiro-ministro. A decisão é uma medida para auxiliar os japoneses em período de crise econômica.
Um pedido feito pelo primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, vai fazer com que a Nintendo aumente o salário base dos seus funcionários em 10%. Em contrapartida, a empresa não espera lucrar este ano, apesar de aumentar os salários.
O pedido do primeiro-ministro está atrelado à situação da economia do Japão, que passa por um momento instável. Dessa forma, Fumio pediu que todas as empresas de todos os segmentos paguem mais aos seus empregados para a subsistência dos funcionários.
É o que entendeu também o presidente da Nintendo, Shuntaro Furukawa. Para ele é preciso proteger as pessoas neste momento. “É importante para nosso crescimento de longo prazo proteger nossa força de trabalho”, disse o presidente da Nintendo.
Números da Nintendo
Uma das maiores marcas do entretenimento de games, criadora de ícones como Super Mario, Zelda e Pokémon, a Nintendo cortou seu lucro operacional em 4%, o que é ¥ 480 bilhões (moeda japonesa), o que equivale a US$ 3,6 bilhões.
A previsão era pior, pois era esperado que os valores seriam algo em torno de ¥ 582 bilhões. A Nintendo reviu também a quantidade de consoles que deverão ser vendidos ao longo do ano.
Com o modelo atual da marca, o Switch, a Nintendo esperava vender 19 milhões de unidades, mas baixou a meta para 18 milhões.
O corte de expectativa também aconteceu em relação ao software da marca. Antes, era esperada a venda 210 milhões de unidades. Agora, a Nintendo espera vender 205 milhões.
No último trimestre, a empresa vendeu 8,2 bilhões de unidades do Switch, uma queda de 23% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Quanto aos valores, o presidente Furukawa garantiu que não vai aumentar os preços, nem do software, nem do console. Sobre o futuro da marca, ele não revelou se pensa num sucessor para o Switch agora.
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