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Empresários afirmam que fim da desoneração da folha pode causar demissões; entenda

De acordo com os empresários dos 17 setores que mais empregam no Brasil, caso o veto não seja derrubado, terão que fazer demissões. Veja!

A desoneração da folha reduz a contribuição previdenciária feita pelas empresas que são intensivas em mão de obra, de 20% para uma alíquota entre 1% e 4,5%. Dessa forma, a desoneração reduz os custos com contratações para 17 atividades econômicas.

Assim, são contempladas pela medida atividades como calçados, têxtil, construção civil, call center, fabricação de veículos, tecnologia, comunicação e transporte. No entanto, nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou a desoneração da folha de pagamento, o que deixou os empresários insatisfeitos. Veja mais detalhes!

Fim da desoneração da folha pode causar demissões

Portanto, de acordo com os empresários dos 17 setores que mais empregam no Brasil e que são responsáveis por 9 milhões de empregos, caso o veto presidencial não seja derrubado pelo Congresso Nacional, terão que fazer demissões e congelar investimentos. Assim, se o veto não for derrubado pelo Parlamento, a desoneração irá terminar no final deste ano.

Vivien Mello Suruagy, presidente da Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra), afirmou ao O Globo que os custos com a folha iriam triplicar e as empresas não teriam como bancar esse aumento. Contudo, Suruagy acredita que o veto será derrubado pelos parlamentares.

Homem segura grande caixa preenchida com planta, lápis de diversas cores, óculos, canetas azuis, grande papel e uma iluminária
Imagem: Pixel-Shot / shutterstock.com

Haddad se pronuncia

Durante entrevista nesta sexta-feira (24), Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, defendeu o fim da desoneração da folha, alegando preocupação com as contas públicas. Entretanto, o petista disse que será discutida uma outra alternativa. Além disso, Haddad afirmou que a medida não gerou novas vagas de emprego.

No entanto, de acordo com um estudo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), entre 2018 e 2022, os setores que continuaram com a folha desonerada apresentaram uma alta de empregos de 15,5%. Já aqueles que foram reonerados tiveram um crescimento de apenas 6,8% no mesmo período.

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