Erro na contagem: EUA erra cálculo e Ucrânia “ganha” US$3 bilhões a mais em venda de armas
Governo norte-americano comete um equívoco e quem ganha com isso é a Ucrânia. País é um dos aliados no conflito contra a Rússia.
O confronto entre Ucrânia e Rússia é um dos maiores conflitos da diplomacia internacional. Nesse contexto, ao que parece os Estados Unidos cometeram um erro atípico. Importante aliado de Kiev, o Pentágono enviou ao país, pelo menos US$ 3 bilhões a mais em armas do que era planejado.
De acordo com fontes especializadas, tal equívoco pode impedir que o governo Biden envie um novo ofício pedindo recursos ao Congresso para apoiar a Ucrânia. A informação divulgada é que os serviços militares americanos teriam calculado mal o armamento, de forma a contabilizar equipamentos novos, sendo que a ideia inicial era disponibilizar o arsenal mais antigo dos Estados Unidos, retido em estoques.
Um erro custoso
A descoberta do erro surgiu após uma auditoria interna a respeito das transferências à Ucrânia. A revisão aconteceu em março deste ano. Conforme sugerem as autoridades dos Estados Unidos, o montante maior pode privar um financiamento adicional por parte do Congresso.
Vale ressaltar que, desde o princípio do conflito, o governo norte-americano disponibilizou mais de US$ 44 bilhões em ajuda militar para apoiar o exército ucraniano.
Entretanto, o equívoco contábil não é inédito para o Pentágono. A entidade possui um orçamento anual de aproximadamente US$ 860 bilhões. Porém, frequentemente comete erros de ordem financeira sem que nunca houvesse uma auditoria profunda em toda repartição.
O cenário global de armas
O comércio internacional de armamentos recuou cerca de 5% entre os anos de 2018 e 2022. Os dados são do relatório do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri) e comparam o momento atual com o período entre 2013 e 2017.
Contudo, o levantamento apontou que o confronto Rússia-Ucrânia beneficiou os Estados Unidos nesse sentido. De acordo com a pesquisa, as exportações americanas aumentaram em 14%. Já com relação às transferências globais de armas, atualmente Washington corresponde a 40% do total distribuído.
Imagem: lev radin / shutterstock.com
