Estados dão reajuste abaixo da inflação a servidores
Os servidores federais ficaram insatisfeitos com o reajuste linear de 5% que será pago a partir de julho, já que, desde o começo de 2019, a categoria soma mais de 23% em perdas em decorrência da inflação. Servidores de diversos estados também estão indignados com os reajustes deste ano, que estão abaixo da inflação.
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Estados com reajuste abaixo da inflação
O estado de Pernambuco, assim como o governo federal, aplicou um aumento linear de 5% em 2022 para os servidores estaduais. Entretanto, as perdas inflacionárias desde 2017, quando houve o último reajuste, até março deste ano chegam a 32,5%;
Na Paraíba, o reajuste linear foi de 10%, mas ainda assim não compensou as perdas inflacionárias de 18,71%, desde janeiro de 2020, quando houve o último aumento.
Goiás deu aos servidores ativos e inativos um aumento de 10,16% este ano, todavia, o último reajuste foi em 2014, causando uma perda inflacionária de 65,53%.
O que dizem os Estados?
O governo de Goiás afirmou que não pôde conceder um reajuste acima da inflação dos últimos 12 meses devido ao Regime de Recuperação Fiscal, imposto desde dezembro de 2021.
O governo pernambucano, disse que, além do reajuste de 5%, contemplou os seus servidores com outras melhorias. Já o governo da Paraíba destacou que o índice é quase a reposição da inflação do ano passado, de 10,06%.
Redução no número de servidores federais
O número de servidores federais na ativa diminuiu entre 2018 e 2022. De acordo com o Painel Estatístico de Pessoal, que detém dados sobre servidores federais, a quantidade caiu de 627,4 mil, em dezembro de 2015, para 574,5 mil, em dezembro deste ano.
Esse é o menor número de servidores federais desde 2009, quando havia 562,2 mil na ativa.
Um dos motivos da redução do número de servidores federais é a falta de abertura de concurso público federal, sendo que a maioria das categorias está há, no mínimo, 5 anos sem novos certames.
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Imagem: rafastockbr / Shutterstock.com
