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Estes profissionais recebem mais de R$ 1 milhão no Brasil; entenda como

Salários milionários no Brasil: alguns profissionais alcançam vencimentos excepcionais e a polêmica em torno disso. Entenda!

No Brasil, existem profissionais que recebem salários impressionantes, ultrapassando a marca de milhão. A existência de benefícios extras, como retroativos de adicionais por tempo de serviço e auxílio-moradia, tem contribuído para esses vencimentos excepcionais.

Os rendimentos elevados chamam a atenção e geram debates sobre a desigualdade salarial no país. Enquanto os tribunais defendem a legalidade desses aumentos salariais, a sociedade busca uma maior transparência e justiça na distribuição dos recursos públicos. Vamos entender como alguns indivíduos conseguem atingir esse patamar salarial tão elevado. Confira!

Os salários milionários dos juízes

Uma análise dos dados do Judiciário brasileiro revelou que, desde 2020, mais de 30 mil salários no setor ultrapassaram a marca de R$ 100 mil. Esses vencimentos exorbitantes correspondem a 3% do total de contracheques emitidos e representam mais de 10% dos pagamentos feitos pelos tribunais, somando uma quantia impressionante de R$ 4,7 bilhões.

Chama atenção o fato de que, mesmo após a extinção do auxílio-moradia e dos bônus, nove contracheques registraram remunerações mensais acima de R$ 1 milhão em valores brutos. Além disso, esses pagamentos milionários foram destinados exclusivamente a juízes e desembargadores nos meses de dezembro e janeiro de 2022.

O Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) ocupa a liderança no ranking dos salários mais elevados, com seis dos maiores contracheques chegando à marca de R$ 1 milhão. Esses valores estão relacionados ao pagamento retroativo de auxílio-moradia, referente aos anos de 1987 a 1993, e foram realizados entre 2016 e 2022.

A polêmica em torno dos “penduricalhos” e a legalidade dos aumentos salariais

Os altos salários desses profissionais do Judiciário são decorrentes de diversos fatores, incluindo os chamados “penduricalhos”. Entre esses extras, destacam-se os retroativos de adicionais por tempo de serviço e, principalmente, o auxílio-moradia. Essas remunerações extraordinárias, portanto, representam as maiores pagas a magistrados nos últimos três anos.

Apesar da proibição do pagamento retroativo de auxílio-moradia pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2018, os tribunais defendem que os aumentos salariais decorrentes desses pagamentos não são ilegais. Enquanto alguns setores questionam a legalidade desses pagamentos, outros afirmam que eles são justos e seguem critérios adequados.

O desembargador aposentado Gabriel Carvalho, detentor do terceiro maior salário desde 2020, defende o pagamento retroativo do auxílio-moradia e argumenta que os salários dos magistrados seguem critérios justos. Para ele, ser magistrado é buscar a justiça não apenas para os outros, mas também para si mesmo.

Imagem: Reprodução/Shutterstock