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Estudo aponta que classe média está mais endividada e ‘caloteira’

Enquanto a população de baixa renda segue sendo apoiada por políticas públicas, a classe média brasileira segue se endividando. Entenda!

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), por meio de sua Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apontou que a proporção de famílias brasileiras de classe média com dívidas permaneceu estável em 78,3%, durante o último trimestre.

No entanto, é importante observar que esse índice é superior ao registrado no mesmo período do ano anterior, quando estava em 77,4%. Essa pesquisa oferece uma visão do panorama do endividamento no país e considera a passagem do mês de abril para maio. 

Manter-se nessa porcentagem indica que a maioria das famílias de classe média seguem enfrentando desafios em relação às dívidas. Contudo, o endividamento pode ser resultado de diversos fatores, como despesas essenciais, aumento dos custos de vida, desemprego etc.

Maior número de pessoas com dificuldades desde agosto

Ainda segundo a pesquisa da CNC, desde agosto do ano passado também não se registrava tantos relatos de endividamento grave — o índice foi de 18% entre os entrevistados. Esse dado revela uma preocupação significativa em relação ao nível de endividamento entre os consumidores. 

Aqueles que se autodeclaram como “muito endividados” são indivíduos que percebem um fardo financeiro considerável em relação às suas dívidas.

Para aqueles que se encontram em uma situação de endividamento considerado “muito alto”, pode ser necessário buscar alternativas para reorganizar suas finanças. 

Contudo, a proporção de consumidores que estão com dívidas em atraso se manteve constante em maio, representando 29,1% do total de famílias. Esse percentual é o mesmo observado no mês anterior, em abril. 

Em relação ao mesmo período do ano passado, maio de 2022, houve um pequeno aumento nessa parcela, que era de 28,7%. Portanto, esses dados indicam que o nível de inadimplência se mantém relativamente estável, sem variações significativas no período analisado.

Juros altos pode ser a maior causa das dívidas da classe média

A economista Izis Ferreira, responsável pela Peic, destaca que a elevação das taxas de juros tem impactado de forma mais intensa o orçamento das famílias pertencentes à classe média.

Por outro lado, a implementação de políticas direcionadas aos benefícios sociais tem proporcionado alívio para os grupos de menor renda.

Entre os meses de abril e maio, observou-se uma diminuição na proporção de endividados, tanto entre os mais pobres quanto entre os mais ricos. Porém, houve um aumento nas faixas de rendimento médio.

Imagem: fizkes/shutterstock.com