72,9% das famílias brasileiras estão com dívidas no mês de agosto
Além do aumento de famílias brasileiras endividadas, também cresceu o número de famílias com mais de 50% da renda comprometida
As famílias brasileiras bateram um novo recorde. Apenas neste mês de agosto, 72,9% dos grupos familiares têm alguma dívida. Esse dado compõe a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgado na última quarta-feira (25), pela CNC.
72,9% das famílias brasileiras estão com dívidas no mês de agosto
Em suma, os pesquisadores dizem que o endividamento das famílias brasileiras se diferem da inadimplência, que ocorre quando as dívidas estão em atraso. No mês de agosto, 1 em cada 4 brasileiros (25,6%) não pagou as suas dívidas no prazo. Esse percentual segue estável em relação a julho, e é 1,1% menor que em agosto de 2020.
De acordo com um trecho da CNC,
“Vale notar que o crédito não é necessariamente um vilão à economia. Ele potencializa o consumo das famílias, assim como suporta iniciativas empreendedoras, tão importantes para os informais, hoje em dia. Entretanto, tendo em conta o contexto do endividamento elevado, especialmente pelas compras no cartão de crédito, e com a crise sanitária ainda promovendo incertezas no desempenho econômico, são imperativos mais rigor e planejamento das famílias com as finanças”.
Além do aumento de famílias brasileiras endividadas, também cresceu o número de famílias com mais de 50% da renda mensal comprometida com dívidas. Apenas neste mês de agosto, esse número chegou a 21,1%.
Segundo a análise da CNC, essa alta de dívidas se motiva por fatores como a deficiência do mercado de trabalho formal. Além disso, a alta da inflação também ajuda na alta nas dívidas. De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, muitos recorrem à informalidade, e conseguem crédito para investir em pequenas atividades. Dessa forma, eles buscam recompor a sua renda, e assim, garantir o seu sustento.
Entretanto, Tadros alerta que é necessário fazer um planejamento do orçamento familiar. Somente assim, esse alívio não vai virar um problema ainda maior do que já se tinha. Paralelo a isso, a CNC diz que o crédito mais fácil, com taxas de juros baixas, ajudou para o maior endividamento no 1º semestre, das famílias brasileiras.
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Imagem: ESB Professional / shutterstock.com