Febraban eleva estimativa de inadimplência em 2023
Uma pesquisa da Febraban com diversas bancos indica uma piora na estimativa para a inadimplência em 2023. Confira mais detalhes
Na última segunda-feira (2), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou que estima para este ano, um aumento de 8,2% no financiamentos disponibilizados pelo sistema bancário do Brasil. O que representa uma queda em relação ao projetado anteriormente de 8,4%, que havia sido divulgado em novembro.
Além disso, a pesquisa também apresentou piora na estimativa para a inadimplência da carteira livre. Assim, para 2022, a projeção foi de 4,3% para 4,4%. Já para 2023, teve um aumento de 4,4% para 4,7%. Em outubro, a inadimplência estava em 4,2 %.
Queda do juros
À vista disso, dos 20 bancos que participaram da pesquisa da Febraban, 75% dos participantes esperam que a queda de juros pelo Banco Central comece a acontecer apenas a partir do terceiro trimestre deste ano. Portanto, nas reuniões de agosto e setembro da autoridade monetária.
No entanto, na pesquisa realizada anteriormente, a maioria dos analistas (60%) indicava que a queda dos juros aconteceria no segundo trimestre. Ademais, 20% dos participantes preveem que a Selic deve começar a cair apenas nos três últimos meses deste ano. O que não foi indicado na pesquisa anterior.
PEC alterou as projeções
“Para a maior parte dos entrevistados, a tramitação da PEC da Transição resultou em alteração tanto do início da flexibilização monetária quanto em uma elevação da taxa terminal da Selic em 2023. Apenas 25% afirmaram que não alteraram suas projeções para a taxa Selic”, explicou Rubens Sardenberg, diretor de economia, regulação prudencial e riscos da Febraban.
Por fim, de acordo com a pesquisa, a média das projeções indica que a taxa Selic irá ficar estável em 13,75% ao ano até junho. E, somente a partir de agosto começará a flexibilização da política monetária.
PEC da Transição
Em suma, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, aprovada pelo Congresso Nacional em dezembro, liberou os gastos do governo acima do teto de gastos, mecanismo que limita os gastos públicos.
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