Gás de cozinha está custando quase 10% do salário mínimo e preço já é o maior do milênio
O botijão de gás está custando quase 10% do salário mínimo, se tornando o maior do milênio. De acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o gás de cozinha foi comercializado por cerca de R$ 113,24 na última semana. O valor equivale a 9,3% do salário, hoje em R$ 1.212.
Em relação a média mensal, conforme aponta o Observatório Social da Petrobras, organização ligada à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), o preço do gás de cozinha chegou a R$ 113,48. Esse é o maior valor real da série histórica, que tem início em 2001.
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Valor do gás de cozinha é mais que o dobro do vale-gás nacional
Custando cerca de R$ 113, o valor do botijão já é mais que o dobro do vale-gás nacional pago pelo Governo Federal às famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Repassado a cada 60 dias, o benefício hoje é de R$ 51.
O valor corresponde a 50% da média do preço do botijão de 13kg. Não são todos os cidadãos que têm direito ao benefício e muitos acabam se questionando por qual razão não podem participar do programa e por qu não recebem o vale-gás.
O gás de cozinha voltou a atingir o salário mínimo
Conforme aponta o economista Eric Gil Dantas, do Observatório Social da Petrobras e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), para o site G1, o gás de cozinha voltou a impactar o salário mínimo da mesma forma que ocorreu em 2007.
“Nesses 15 anos, com a manutenção do preço do gás de cozinha e a valorização do salário mínimo essa proporção foi caindo, mas houve uma inversão em 2017 com a alta dos valores do GLP e o aumento real do salário mínimo”, ressalta o economista.
Valor do botijão de gás faz com que brasileiros usem lenha para cozinhar
Dantas ainda aponta que o cenário fez aumentar a utilização da lenha para cozinhar entre os cidadãos brasileiros. A partir de 2017, o uso superou o GLP e em 2020 o consumo já era 7% maior.
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Imagem: Stefan Lambauer / Shutterstock.com