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Golpe do Uber clandestino leva R$ 8 milhões de vítimas

Quadrilha de Uber clandestino que operava com mais de 140 veículos em aeroporto brasileiro fatura cerca de R$ 8 milhões por mês.

Uma quadrilha de Uber clandestino que opera no aeroporto internacional de Guarulhos (SP) fatura, ao mês, cerca de R$ 8 milhões. O esquema, descoberto em 2021 depois de os criminosos aplicarem golpe em três turistas franceses, ainda está sendo alvo de investigação.

De acordo com informações da PRF (Polícia Rodoviária Federal), a quadrilha atua nos terminais nacionais do aeroporto. Além disso, apresenta o símbolo oficial da Uber ao oferecer serviços que prometem ser mais baratos que se realizados pelo aplicativo da empresa de transporte.

Quadrilha de Uber clandestino opera em aeroporto brasileiro

Segundo relato de três franceses que vieram ao Brasil em 2021, ao desembarcarem no aeroporto internacional de Guarulhos, foram abordados por um homem que oferecia serviço de transporte da Uber por um preço mais acessível.

Segundo o golpista, os turistas poderiam pagar R$ 80 reais pela corrida, que seria realizada fora do app da Uber, para que o desconto pudesse ser realizado.

No caminho, o motorista ainda conseguiu convencer os turistas a comprarem ingressos para um jogo de futebol por R$ 450. O ingresso, contudo, custava apenas R$ 10.

Ao todo, o prejuízo de um dos turistas, um analista de sistemas, que realizou o pagamento, foi de R$ 2.050.

Fernando Miranda, superintendente da PRF, relata que: “Essa fiscalização nos trouxe muitas informações. Inclusive, nos permitindo afirmar que há uma organização ali trabalhando de maneira ilícita, que lucra entre R$ 6 milhões e R$ 8 milhões por mês, transportando passageiros de uma forma clandestina”

Como a quadrilha atua

As investigações mostraram que os turistas alvo dos criminosos eram aqueles que desembarcavam no terminal 3, ou seja, viajantes que vinham dos Estados Unidos e da Europa. Segundo a PRF, a equipe de criminosos operava com carros de luxo, e os deixava estacionados relativamente próximos, num lugar apelidado “fazendinha”.

Aqueles que ficavam rondando os turistas que chegavam ao Brasil eram identificados como “pescadores”.

Desde o início das investigações, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu aproximadamente 140 veículos utilizados pela quadrilha.

Posicionamento dos aplicativos

Os aplicativos de transportes alertam sobre a importância de realizar corridas somente pelo app oficial, que, em casos de tentativas de fraude, as medidas de segurança das empresas poderão ser acionadas.

De acordo com a empresa de transporte individual 99, “Além de ser proibida pela legislação, usuários que adotem a prática de fazer corridas fora do app não contarão com as funcionalidades de segurança que a companhia oferece”.

Imagem: Rostislav_Sedlacek / shutterstock.com