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Golpistas se passam por MEIs para enganar as vítimas

Golpistas têm utilizado um novo artifício para aplicar golpes. Entenda como as fraudes são realizadas e como evitar ser enganado.

Golpistas têm utilizado um novo artifício para aplicar golpes: cadastram-se como Microempreendedores Individuais (MEIs) para criar CNPJs e se envolverem em falsos leilões virtuais. A Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg) identificou 770 pessoas suspeitas de cometerem essa fraude.

As inscrições foram encaminhadas à Receita Federal para que os respectivos CNPJs sejam cancelados, impedindo que os golpistas abram ou movimentem contas bancárias.

Início da investigação

A investigação teve início após a Jucemg ser acionada pela Divisão de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil de Minas Gerais, responsável por investigar os casos de falsos leilões virtuais no estado.

Os golpistas criam sites que se assemelham muito aos leilões oficiais e atraem o público com ofertas tentadoras de carros, imóveis e outros bens.

Uma das razões pela qual os golpistas se cadastram como MEIs é o fato de que o registro desse tipo de empresa não passa pelas juntas estaduais, sendo realizado diretamente no Portal do Empreendedor do governo federal.

No entanto, as juntas estaduais são notificadas sobre os registros de MEIs em suas respectivas jurisdições, o que possibilitou a identificação das inscrições suspeitas em Minas Gerais.

Como evitar o golpe?

Para evitar cair nesse tipo de golpe, a Jucemg oferece algumas dicas importantes.

Primeiramente, é fundamental desconfiar de leilões virtuais com datas muito próximas ao dia em que você tomou conhecimento deles, pois os estelionatários utilizam essa tática para enganar as pessoas com leilões extremamente atrativos, porém fraudulentos.

Além disso, é essencial verificar se o nome do leiloeiro consta na listagem oficial da Jucemg antes de efetuar qualquer arremate. Os leiloeiros oficiais não são cadastrados como MEIs.

Outras orientações valiosas da Jucemg incluem não fechar negócio se o site dificultar a visita ou vistoria do bem, solicitar o edital do leilão com todas as informações relevantes, desconfiar de sites de leilões com domínios que não sejam terminados em “.com.br”,

Além disso, deve-se verificar o número de registro do leiloeiro na Junta Comercial e consultar o site da Jucemg para confirmar sua autenticidade.

A Jucemg alerta ainda para não confiar em listas e arquivos em PDF enviados por leiloeiros falsos, pois já foram identificadas relações fraudulentas utilizando a marca da instituição.

Imagem: husjur02 / shutterstock – Edição: Seu Crédito Digital