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Governo Bolsonaro ainda quer barrar Revisão da Vida Toda do INSS

O ministro da Economia, Paulo Guedes, agendou reuniões com a ministra Cármen Lúcia antes da votação da Revisão da Vida Toda

O debate sobre a Revisão da Vida Toda será retomado nesta quarta-feira (30) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, membros do governo Bolsonaro ainda tentam barrar a aprovação, com reuniões marcadas com os ministros da Corte. O ministro da Economia, Paulo Guedes, é um deles. 

Na semana passada, Guedes chegou a realizar uma reunião com a ministra Carmén Lúcia, relatora do caso. Para esta semana, mais um encontro foi combinado. 

Votação da Suprema Corte

É importante lembrar que a votação sobre a Revisão da Vida Toda ocorreu em março deste ano, em plenário virtual. No entanto, o ministro Nunes Marques, indicado por Bolsonaro, pediu vistas, o que fez com que a votação fosse adiada e será realizada agora nesta quarta-feira. 

Na ocasião, os membros da Suprema Corte se pronunciaram a favor dos aposentados. 

Com a pauta agendada para nova discussão no STF, os membros do governo ainda tentam influenciar a decisão de alguma forma. Inclusive, Cármen Lúcia, com quem as reuniões de Paulo Guedes foram solicitadas, deu seu voto favorável na decisão em março.

É provável que um dos argumentos utilizados pelos contrários à revisão, seja o abalo econômico que a medida poderia gerar. Porém, tal revisão já foi quitada pelos contribuintes do INSS.

Sobre a Revisão da Vida Toda 

A Revisão da Vida Toda permite que os contribuintes usem todos os salários para realizar o cálculo da aposentadoria. Atualmente, para este cálculo, são considerados apenas os salários após 1994. 

Caso seja aprovado, alguns aposentados poderão conseguir um aumento no valor da aposentadoria. Mas, vale ressaltar, que a revisão não é uma boa opção para todos os segurados. Isso depende da situação de cada um. 

Por isso, é recomendado que, caso o STF decida pela aprovação, o segurado realize os cálculos antes para saber se haverá de fato aumento no valor, para que evite uma diminuição no valor atual da aposentadoria. 

Com a votação hoje, a decisão deve ser divulgada em breve.

Imagem: A.RICARDO/shutterstock.com