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Governo busca impulsionar crédito consignado do setor privado com bloqueio de parte do saldo do FGTS

O Governo planeja expandir o crédito consignado ao setor privado usando o saldo do FGTS. Saiba mais sobre esta discussão!

Os Ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e o da Fazenda estão colaborando para lançar uma proposta para aumentar o crédito consignado para trabalhadores do setor privado. A sugestão é que parte do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) seja bloqueada na conta do trabalhador quando o empréstimo é firmado.

Isso resolveria o problema da fragilidade da garantia contra inadimplência, um dos fatores que tornam essa linha de crédito cara. Continue a leitura para mais informações!

Governo discute meios de impulsionar crédito consignado no setor privado

Contratação de crédito consignado.
Imagem: Alexandre Zorek / shutterstock.com

As discussões ocorrem em meio a divergências nos ministérios, com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, buscando acabar com o saque-aniversário do FGTS e os crédito consignado que o utiliza como garantia. Por outro lado, o ministro da fazenda, Fernando Haddad, considera que o consignado do FGTS é uma forma barata para o trabalhador tomar empréstimo.

Porém, essa discrepância é inconciliável e deverá ser submetida à arbitragem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo fontes do jornal Valor Econômico, Marinho já está persuadindo o presidente.

Saiba mais sobre o impasse

A equipe de Haddad trabalha em um “plano B”, que pede um período de transição. Esse período permitiria observar as mudanças em discussão para o crédito consignado do setor privado. A ideia é tornar essa linha de empréstimo tão atraente quanto a do FGTS. Só então, Marinho poderia seguir com o plano de acabar com o saque-aniversário.

Ainda, o ministro do Trabalho e sua equipe têm críticas ao saque-aniversário por várias razões. Uma delas é que reduz o saldo do FGTS, que financia a habitação popular e o saneamento. Marinho argumenta, em debates com a Fazenda, que um FGTS fortalecido reduz a pressão sobre o Tesouro Nacional para financiar esses investimentos.

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Por fim, considerando a economia atual, dados da Caixa mostram que o não houve redução do saldo do FGTS com o saque-aniversário. Em 2020, quando o saque-aniversário começou a ser implementado, movimentou-se R$ 10 bilhões e o saldo do FGTS era de R$ 424 bilhões. No ano passado, o saque-aniversário alcançou R$ 38 bilhões, enquanto o saldo atingiu R$ 570 bilhões.

Imagem: Alexandre Zorek / shutterstock.com