Governo Lula ganha repercussão negativa com a taxação sobre compras internacionais
Os brasileiros não têm sido favoráveis à decisão do governo Lula em taxar as compras internacionais em 60%, entenda!
A gestão do governo Lula ganhou repercussão negativa devido à taxação sobre compras internacionais feitas em lojas online como Shein, AliExpress e Shopee.
A imagem se agravou ainda mais, após a esposa do presidente, Rosângela da Silva, mais conhecida como Janja, responder às críticas nas redes sociais na quarta-feira passada (12).
A saber, na última terça-feira (11), a Receita Federal anunciou uma medida provisória (MP), que irá acabar com a isenção de impostos para encomendas internacionais que valem até US$ 50 (em torno de R$ 250). Vale ressaltar que a taxa em questão valerá 60% sobre o valor total da compra, ou seja, do produto e do frete.
Ao invés de ajudar, Janja piorou a imagem do governo Lula
Segundo coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, a maior parte dos comentários acerca da MP foi negativa. Uma pesquisa de monitoramento, do qual integrantes do governo Lula tiveram acesso, apurou que 60% dos brasileiros criticaram a proposta e, em contrapartida, apenas 15% apoiaram. Além disso, 25% das pessoas desconheciam o assunto ou apresentaram dúvidas.
A primeira-dama, Janja da Silva, decidiu, então, intervir e se posicionar a respeito do assunto. Para tanto, utilizou o Twitter para expor sua opinião e criticar um dos comentários que afirmava que esse tipo de taxação iria beneficiar a Lojas Renner, o Mercado Livre e o Magazine Luiza.
Conforme a publicação criticada por Rosângela, as referidas empresas reclamavam que sofriam uma “concorrência desleal” com os e-commerces Shopee, Shein e AliExpress.
Na postagem, Janja dizia que a matéria estava errada e que a MP seria para taxar as lojas online e não os consumidores, como forma de combater a sonegação.
“Amigo, total errada essa matéria. Tô aqui no avião com o Ministro Haddad que me explicou direitinho essa história da taxação. Se trata de combater sonegação das empresas e não taxar as pessoas de compram”, ela relatou no Twitter.
Porém, a pesquisa alega que o post realizado pela primeira-dama elevou as críticas contra o governo Lula a 70%, enquanto a porcentagem de defesa se manteve nos 15%.
Posicionamento do Ministério da Fazenda
Além disso, o comentário de Janja atingiu grande parte dos internautas e fez com que o Ministério da Fazenda emitisse uma nota nas redes sociais e à imprensa, com elucidações acerca do assunto e para reverter as informações contidas nos noticiários. De acordo com a pasta:
- a fiscalização será reforçada;
- não serão criadas taxas para compras online;
- a isenção para compras de até US$ 50 nunca existiu.
Em vista disso, o Ministério da Fazenda também destacou que nada mudará “para o comprador e para o vendedor online que atua na legalidade”.
Imagem: Isaac Fontana / shutterstock.com