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Governo pagou mais de R$ 5.600 em auxílios para fazendeiros que escravizavam trabalhadores; entenda

Lista do Ministério do Trabalho traz nomes de empregadores que receberam auxílios do governo. Clique para entender a situação!

Na semana passada, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou a “Lista Suja do Trabalho Escravo”, que traz os empregadores que submeteram funcionários a situações de trabalho análoga à escravidão. Dessa forma, mais 204 nomes entraram na lista, com alguns deles recebendo auxílios do Governo Federal.

A listagem conta com 473 nomes, sendo que a maioria tem relação com produção de carvão vegetal ou criação de gado. O Jornal Opção fez, assim, um levantamento dos nomes que aparecem na lista com dados da Receita Federal.

Ao todo, o jornal encontrou 13 nomes que aparecem na “Lista Suja do Trabalho Escravo” e que receberam o Auxílio Emergencial durante a pandemia.

Auxílios somam mais de R$ 5 mil

O Governo Federal criou o Auxílio Emergencial para ajudar brasileiros em vulnerabilidade econômica durante a pandemia da Covid-19. Com isso, a gestão fez repasses de R$ 600 para a população brasileira. De acordo com o Jornal Opção, 13 pessoas receberam esses auxílios indevidamente.

Segundo o próprio Executivo, 3 desses indivíduos receberam R$ 5.650 do Governo Federal, sendo que o mínimo que eles conseguiram foi R$ 3 mil em auxílios.

imagem de aplicativo do auxílio emergencial no celular com notas de 100 reais ao fundo
Imagem: Brenda Rocha – Blossom / shutterstock.com

Os nomes que aparecem na lista não podem participar de licitações do governo nem conseguem acessar os financiamentos dos bancos estatais. Além disso, os bancos privados também usam essa lista para determinar o risco de operações de crédito.

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Heineken também está na lista

Além dos empregadores que receberam auxílios governamentais, outro nome que chama atenção na lista é a Cervejaria Kaiser, que pertence ao Grupo Heineken no Brasil. Conforme as informações do MTE, a empresa entrou na lista depois que uma de suas distribuidoras foi pega.

A companhia mantinha 23 motoristas em situação análogas à escravidão, com horas de trabalho excessivas e sem condições de serviço. O Grupo Heineken diz que não tinha conhecimento da situação e que está aprimorando o controle das terceirizadas para evitar situações como essa. 

Imagem: rafapress / shutterstock.com