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Hacker americano procurado pela Interpol é PRESO em SC; entenda o caso

O hacker Michael Knighten foi preso em Blumenau (SC) e admitiu fraude eletrônica de quae 15 milhões de reais.

Michael Knighten, hacker americano de 58 anos procurado pela Interpol, admitiu fraude eletrônica de R$14,8 milhões na última segunda-feira (15), conforme o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

O hacker estadunidense foi extraditado do Brasil em junho do ano passado, após ter sido preso em Blumenau (SC). O criminoso, que se passava por Michael Sabatine aqui, levava uma vida de luxos na cidade catarinense.

Atualmente, ele está sendo acusado de aplicar golpes virtuais (por e-mail), conhecidos como phishing. O americano teria causado um prejuízo financeiro de US$3 milhões a suas vítimas (cerca de R$14,8 milhões).

Como o acusado atuava?

Usando seu pseudônimo, o hacker enviava e-mails para empresas, neles, Knighten se identifica, por exemplo, como o diretor financeiro da Ceona Offshore e solicitava pagamentos. Foi isso que ocorreu, por exemplo, com a Bennu Oil and Gas Company, sediada em Houston (Texas, EUA).

No caso, a empresa vítima do hacker fez uma transferência bancária no valor de US$651 mil (equivalente a R$3,2 milhões) para uma conta em um banco português. No entanto, mesmo descobrindo a fraude e congelando parte dos fundos, a empresa ainda sofreu uma perda de US$224 mil (cerca de R$1,1 milhão).

Após se declarar culpado pelas fraudes, Knighten confirmou que as empresas sofreram perdas totais de mais de US$3 milhões (R$14 milhões). Assim, ele pode pegar até 20 anos de prisão e ter que pagar uma multa de US$250 mil (mais de R$1,2 milhão).

Vida em Santa Catarina

Michael Knighten vivia há pelo menos um ano em Blumenau quando foi preso, em 2017, pela Polícia Federal. Ele estava morando em um apartamento de luxo com sua namorada brasileira.

Além disso, os agentes apreenderam em sua casa um carro avaliado em meio milhão de reais, cerca de R$500 mil em espécie, além de drogas e documentos falsos. Com a prisão, o casal teve suas contas bloqueadas pela Justiça. A namorada, porém, não foi alvo direto da investigação conduzida.

Identificação do hacker

A identificação do estadunidense se deu por meio de um exame feito pelos papiloscopistas da Polícia Federal do Brasil. Para o exame, agentes federais recolheram um copo de vidro usado por Knighten em uma academia de ginástica.

Após a comparação de digitais com as disponibilizadas pela Interpol, a Polícia Federal comprovou a real identidade do hacker.

Imagem: Golden Dayz/ Shutterstock.com