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Haddad se compromete com a indústria e ganha simpatia da FIESP

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, teve um encontro com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), na última sexta-feira, 31 de março de 2023. Na segunda-feira, 03 de abril, abriu a reunião com a sua diretoria, com este tópico.

Na ocasião, Gomes da Silva informou que o ministro assinou um documento em que se compromete com o processo de reindustrialização do Brasil. Dessa forma, Haddad firmou 4 compromissos que foram bem recebidos pelo mercado industrial brasileiro.

Além disso, o contato de Haddad com Gomes da Silva já acontece desde janeiro desse ano. Na ocasião, o ministro informou que enxerga uma “enorme oportunidade” na agenda fiscal do país, que pode beneficiar, inclusive, a indústria. Como a Reforma Tributária e o novo arcabouço fiscal.

Haddad firma acordo com a indústria

De acordo com o presidente da Fiesp, o acordo que Haddad assinou consistem em 4 pontos. São eles:

  • Investimentos em máquinas e equipamentos: Haddad quer permitir que esse tipo de investimento tenham uma depreciação “super acelerada”. Dessa forma, a indústria consegue abater o imposto desses produtos mais rapidamente;
  • “Plano Safra para a indústria”: essa analogia feita por Gomes da Silva, se refere a taxas mais baixas de juros para a indústria, como ocorre com a agricultura. A ideia é de que esse plano já entre em vigor na próxima Lei Orçamentária Anual;
  • Imposto sobre Valor Agregado: Haddad se comprometeu a apoiar o IVS no plano da Reforma Tributária. Dessa forma, fica economicamente mais viável exportar produtos com valor agregado, ao invés da matéria prima bruta. O que favorece a indústria;
  • Queda da taxa básica de juros: Haddad também disse que vai se esforçar para reduzir a taxa básica de juros e Gomes da Silva vê a proposta do novo arcabouço fiscal, um passo nessa direção. Contudo, entende que essa é uma responsabilidade do Banco Central.

Fiesp tem boa relação com o Governo

Haddad falou com o setor no começo do ano e, de acordo com o presidente da Fiesp, a fala do ministro foi “lúcida, de compromisso com a reforma tributária”, e afirmou que “foi muito bem recebida pela casa”. Ademais, garantiu que “a indústria não estava necessariamente preocupada para [precisar] ser acalmada” quando perguntado sobre o novo governo.

Imagem: Valter Campanato / Agência Brasil